O juiz Sérgio Moro estendeu por mais de 12 anos o período de quebra de sigilo telefônico do ex-ministro Antonio Palocci, preso em Curitiba desde setembro do ano passado, quando foi alvo da 35ª fase da Lava Jato, batizada Operação Omertà. Recentemente, Palocci prometeu entregar “nomes e operações” à Lava Jato. Com a decisão do juiz, o Ministério Público Federal (MPF) deverá ter acesso às ligações do ex-ministro entre 1º de janeiro de 2005 e 5 de abril deste ano. Em seu despacho, Moro admite ter dúvidas sobre a possibilidade de acessar dados de 2005.
Caso as informações sejam repassadas, Moro terá acesso aos dados telefônicos correspondentes à época em que Antonio Palocci foi ministro da Fazenda do primeiro mandato do ex-presidente Lula. Ele ocupou o cargo entre janeiro de 2003 e março de 2006, e também foi ministro da Casa Civil entre janeiro e junho de 2011, primeiro ano da ex-presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto. Uma das justificativas apresentadas pelo MPF para o pedido foi um e-mail com informações sobre uma reunião entre Marcelo Odebrecht e Palocci em fevereiro de 2007.
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O sigilo das ligações da ex-secretária de Palocci Rita de Cássia dos Santos também foi quebrado na decisão. O MPF já tinha acesso aos e-mails de Rita de Cássia e havia pedido acesso também às ligações, mas o pedido não tinha sido apreciado, o que Moro descreve como um “lapso” em sua decisão. Em relação aos registros de Rita de Cássia, o período compreendido é entre janeiro de 2008 e abril de 2017.
Palocci promete entregar “nomes e “operações” a Moro: “Vai lhe dar mais um ano de trabalho”
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