O executivo frisou que o pagamento não se tratava de doação eleitoral, visto que o peemedebista não disputou as eleições de 2014. Segundo Cláudio Melo Filho, o valor é referente à propina paga ao ministro para desistir da ideia de construir um terceiro aeroporto em São Paulo, o que iria contra os interesses da Odebrecht. A empreiteira lidera o consórcio que venceu o leilão de concessão do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, e sairia prejudicada com a criação de um novo aeroporto no estado vizinho.
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De fato, o aeroporto de Caieiras não saiu do papel. No entanto, a delação do ex-vice-presidente de relações institucionais da Odebrecht ainda precisa ser homologada, e o executivo terá que apresentar provas de tudo o que diz. Cláudio de Melo Filho é um dos 50 executivos da empreiteira que negociam um acordo de delação premiada no âmbito da Lava Jato.
Moreira Franco comentou a publicação em seu perfil no Twitter neste sábado (15). Ele classificou a acusação como “uma mentira afrontosa”. “Jamais falei em dinheiro com ele [Cláudio Melo Filho]”, escreveu o peemedebista. “Considero a denúncia uma indignidade e, sem provas, uma covardia”, acrescentou. Moreia Franco disse ainda que a não aprovação do aeroporto de Caieiras se deu por “questões técnicas”.
Para embasar as explicações, o responsável pelas concessões e privatizações na área de infraestrutura do governo Temer citou o artigo 2º do Decreto 7.871, de 21/12/2012, que impede aeroportos privados de explorarem linhas aéreas regulares, “como se queria”, concluiu Moreira Franco.
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