A informação foi confirmada ao Congresso em Foco por interlocutores da deputada. Moema Gramacho é uma das líderes da bancada feminina na Câmara. Em seu primeiro mandato como deputada federal, ela foi uma das principais articuladoras da aprovação, por exemplo, do projeto que estabeleceu cotas para mulheres na Mesas Diretoras em todo o Legislativo nacional.
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Informações de bastidor dão conta de que a preferência de Dilma era pela deputada Benedita da Silva (PT-RJ), por reunir as características consideradas ideais para uma pasta voltada às causas sociais. Ex-empregada doméstica e negra, Benedita teria peculiaridades relacionadas às três secretarias a serem fundidas no Ministério da Cidadania.
Mas Benedita da Silva declinou do convite de Dilma por ser pessoalmente contra a fusão das pastas. Nem o argumento de que elas não seriam extintas, mas passariam à condição de “sub-ministérios” independentes entre si, foi capaz de convencer a parlamentar fluminense.
Além de Benedita, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rosetto, foi sondado para o Ministério da Cidadania. Mas, com características opostas às de Benedita, a hipótese foi descartada por Dilma. Rossetto e Moema Gramacho são da mesma corrente política no PT que reúne a Mensagem ao Partido (Moema) e a Democracia Socialista (Rossetto), grupos que atuam em parceria.
A reportagem apurou que uma das líderes da Marcha das Margaridas, em reunião recente com Dilma, manifestou-se contra a fusão das pastas e disse que o procedimento “doeria mais do que o impeachment” eventual da presidenta. Diante da possibilidade de encolhimento de sua secretaria, Pepe Vargas já avisou que não aceitaria continuar à frente dessa estrutura.
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