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A escolha do novo nome para o CNJ – órgão responsável pela fiscalização e controle das atividades do Judiciário, com exceção do STF – é de responsabilidade do Senado. Os parlamentares são, portanto, alvos de investidas por parte dos ministros que querem ver seus apadrinhados no Conselho. Por outro lado, 12 dos 81 senadores são alvos de investigações no âmbito da Operação Lava Jato e o julgamento de seus processos cabe ao Supremo.
Henrique Ávila, 33, é o nome defendido por Gilmar Mendes. Ele é sócio de Sérgio Bermudes, proprietário de um dos maiores escritórios de advocacia do país, onde Guiomar, esposa de Gilmar Mendes, trabalha. O ministro tem dado boas referências de Ávila em telefonemas a senadores próximos do PSDB e do DEM. O advogado também conseguiu o apoio de legendas como o PP e do bloco liderado pelo senador Fernando Collor (PTC-AL).
Gilmar Mendes informou à reportagem por meio de sua assessoria que não tem candidato. “O ministro acredita que as indicações do Congresso devem visar o fortalecimento institucional do órgão, com pessoas que engrandeçam o CNJ”, declarou. Ávila também nega a atuação do ministro e de sua esposa em sua campanha pelo cargo e afirma que sua candidatura nasceu de uma determinação “pessoal”.
Do outro lado da disputa está Octavio Orzari, advogado do Senado, funcionário de carreira da Casa. Ele já trabalhou no Tribunal Superior Eleitoral por pouco mais de dois anos a pedido de Ricardo Lewandowski e atuou como assessor parlamentar do ministro na Corte. Orzari foi aluno de Lewandowski na USP e conta com a simpatia de parlamentares de partidos como PT, PCdoB e PSB.
Por meio de sua assessoria, o presidente do STF negou que tenha tomado partido na disputa pela vaga no CNJ. “Não tenho candidato e não cabe ao presidente do CNJ interferir nesse processo. A atribuição da escolha é do Senado”, informou. Orzari apenas declarou que considerando sua vida profissional, submeteu seu “currículo à análise dos senadores com o objetivo de colaborar no debate e, se aprovado, no CNJ”.
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