Os acordos de leniência envolvem empresas investigadas pela Operação Lava Jato e equivalem à delação premiada de pessoas físicas. Os processos de oficialização dos acordos são acompanhados pelo TCU, que designa por meio de sorteio um relator para cada caso. No caso da UTC Engenharia, o sorteado foi Carreiro. “Vou me declarar impedido. Não tenho nenhum problema, mas, por estar no foco, vou me declarar impedido”, declarou o ministro.
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O dono da empreiteira, Ricardo Pessoa, disse em delação premiada que pagou R$ 50 mil por mês ao advogado Tiago Cedraz, filho do presidente do TCU, Aroldo Cedraz, para obter informações privilegiadas do órgão. Pessoa estava interessado no processo sobre obras na usina nuclear de Angra 3, relatado por Carreiro.
A UTC faz parte do consórcio que foi contratado por R$ 1,75 bilhão para realizar obras em Angra 3. Ricardo Pessoa contou que Tiago pediu um repasse único no valor de R$ 1 milhão em espécie. O empresário avalia que o dinheiro seria destinado a Carreiro, relator do processo das obras.
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