O ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, Edinho Silva, disse que o governo não tem um ‘plano B’ para o ajuste fiscal, caso as medidas para aumento de receita não sejam aprovadas no Congresso Nacional. Quanto às despesas, Edinho afirmou que o governo atingiu o limite com os cortes programados. Segundo ele, cortar mais gastos prejudicaria serviços públicos e programas governamentais e inviabilizaria ‘o funcionamento da máquina pública’. As declarações foram dadas ao jornal O Globo.
Investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), após ter sido citado em delação premiada pelo dono da UTC, Ricardo Pessoa, o ministro também disse que a conclusão das medidas que devem ser tomadas será dada na próxima semana, com o anúncio da reforma ministerial. “O governo não tem um plano B, porque toda a energia do governo foi concentrada na construção das medidas, que são as medidas corretas a serem tomadas neste momento. A presidenta Dilma assumiu seu papel de liderança nacional, ela construiu as medidas, apresentou e abriu para o diálogo. O caminho está aí”, disse ele ao jornal.
Apesar das considerações favoráveis às atitudes da presidente Dilma Rousseff, Edinho não postou todas as suas fichas no pacote proposto. Segundo ele, o arrocho resolverá apenas ‘uma parte do problema’. “Todos sabem que estamos tomando medidas para superar as dificuldades fiscais. Se nós não entrarmos na agenda das reformas do Estado, nós não vamos equacionar definitivamente os problemas.”
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Medida mais criticada, a recriação da CPMF, também foi defendida. Segundo ele, o governo está aberto para discussão com Congresso e sociedade civil a fim de fazer a proposta ser aceita. “Se não é esse modelo, o governo está aberto a um novo modelo de tributos que possa equilibrar as contas. E tem a preocupação do governo que nenhum tributo possa pressionar a inflação também.”
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