O MDB formalizou, no fim da manhã desta terça-feira (22), a pré-candidatura de Henrique Meirelles à Presidência da República. Na prática, Temer desiste de ser candidato. Meirelles tem cerca de 1% das intenções de votos nas pesquisas. É a primeira vez em 20 anos que o partido terá um candidato ao Planalto.
O partido se reuniu hoje para lançar o documento “Encontro com o Futuro”, e o anúncio da candidatura de Meirelles era esperada. O ex-ministro da Fazenda afirmou que o MDB precisa de mais quatro anos para “construir um novo Brasil”. Em coletiva após o anúncio, Meirelles e o presidente do partido, senador Romero Jucá (RR), afirmaram que Temer não desistiu da candidatura, uma vez que ela nunca esteve posta e que a decisão partiu de debates dentro do partido.
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“Covardia”
No fim de março, Temer afirmou em entrevista à revista IstoÉ que seria “covardia” não tentar se eleger em outubro. Na entrevista, o emedebista disse que a ideia de concorrer à reeleição foi tomada em fevereiro, após o que classificou como “ataques morais” e “desconstrução” do que considera de seu legado no governo.
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Quando chegou à presidência, em maio de 2016, Temer se comprometeu, em troca de apoio político e diante de uma base de sustentação instável, a não disputar a corrida presidencial. Agora, ele diz ser “natural que quem preside a Nação dispute a eleição”.
“Encontro com o futuro”
O documento lançado hoje é uma peça de 45 páginas que destaca as ações do governo Michel Temer e defende o aprofundamento das reformas, como a da Previdência, e a redução das despesas obrigatórias da União. O texto foi elaborado pela Fundação Ulysses Guimarãese servirá de guia para a candidatura de Meirelles. Segundo Jucá, o “Encontro com o Futuro” vai “balizar o partido nas próximas eleições” e é o conteúdo programático do partido.
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