“Sou contra a redução da maioridade penal e contra muita coisa que está em evidência e que, para a minha geração, é chocante. Há um retrocesso que nunca imaginei. Eu sou da década de 1960, do feminismo, da liberdade sexual, das igualdades todas”, afirmou à repórter Debora Ghivelder.
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“Quando você tem essas conquistas, a tendência é achar que elas estão conquistadas dali para a frente. Quando volta esse moralismo, e esse mundo religioso começa a ditar as regras, é muito assustador”, acrescentou.
Marieta disse que, embora respeite todas as crenças religiosas, não quer uma religião legislando a vida das pessoas. Ela também cobrou a descriminalização do aborto, um dos temas que enfrentam maior resistência por parte de lideranças religiosas no Congresso.
“Há espaços da mulher que foram conquistados e são sólidos. Mas há outros em que a gente não consegue ir adiante, como o aborto, que é um direito. E por quê? Por causa desse conservadorismo religioso com representação política. Não tenho nada contra religião. Sou a favor de todas, mas não exerço nenhuma. Só não quero uma religião legislando a minha vida.”
Aos 68 anos, Marieta volta à televisão em junho, na novela “Verdades secretas”, que a Globo exibirá no horário das 23h. Em seguida, filmará o longa “Aos nossos filhos”, de Maria de Medeiros. A atriz interpretou a personagem Dona Nenê, da série “A grande família”, por 14 anos. Na entrevista ao Globo, ela também cobra mudanças na Lei Rouanet, de incentivo à cultura, e a proliferação de musicais nos teatros do Rio e de São Paulo.
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