Os dois fizeram acordo de delação premiada com a Justiça, mas divergem em alguns pontos das acusações. Segundo Paulo Roberto Costa, Youssef operacionalizou um pagamento de R$ 2 milhões para a campanha de Dilma Rousseff em 2010, pedido que teria sido intermediado pelo ex-ministro da Fazenda Antonio Pallocci. O doleiro, no entanto, nega.
Além da acareação entre Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef, a CPI também definiu que no dia 5 de agosto, às 14 horas, serão ouvidos dois executivos chineses que estão à frente de empresas mencionadas como fontes de pagamento de propina na Petrobras, a Samsung e a Mitsui.
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Os presidentes das duas empresas (J. W. Kim, da Samsung Heavy Industry Ltda., e Shinji Tsuchiya, da Mitsui & Co.) não são acusados de irregularidades. Mas tanto a Samsung quanto a Mitsui foram envolvidas em suspeita de pagamento de propina pelo ex-representante das duas no Brasil Júlio Camargo.
As empresas chinesas alugavam navios-plataforma para a Petrobras. Segundo Júlio Camargo, houve pagamento de propina em troca dos contratos. Ele acusou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de ser beneficiário do pagamento. Cunha nega e diz que Camargo foi pressionado a fazer a acusação pelo Ministério Público.
O deputado Celso Pansera (PMDB-RJ) disse que os depoimentos dos executivos são importantes para esclarecer o caso. “Vai ser interessante, já que surgiu essa fala do lobista Júlio Camargo na semana passada ao juiz Sérgio Moro. É um bom momento para a gente ouvir esses empresários para ver, de fato, se eles pagaram alguma comissão, algum tipo de valor a título de propina ao empresário Júlio Camargo, um bom momento até para a gente avançar nessa investigação, ajudar a Operação Lava Jato a avançar um pouco mais nessa questão”, ressaltou.
PublicidadeCom informações da Agência Câmara
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