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O delator disse ter visto o próprio Maranhão receber dinheiro de propina em espécie, e que o deputado foi ao seu escritório em São Paulo para solicitar auxílio financeiro para a disputa na liderança do PP. Tal campanha, ainda segundo o relato, custava entre R$ 4 milhões e R$ 5 milhões – montante que era usado na compra do voto dos parlamentares da legenda, negociado a preços que variavam entre 50 mil e R$ 500 mil. Diante do pedido, Youssef disse ter repassado apenas R$ 10 mil a Maranhão.
As acusações e suspeitas de que foi beneficiado com dinheiro ilícito do petrolão fizeram com que o deputado maranhense fosse obrigado a prestar depoimento à Polícia Federal. A oitiva foi realizada em junho de 2015, época em que Maranhão era um discreto vice-presidente da Câmara, a cerca de um mês do rompimento com o governo Dilma Rousseff por parte do então presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), réu em duas ações penais no Supremo Tribunal Federal sob a mira da Lava Jato.
Hoje um dos protagonistas na sucessão de Cunha, que renunciou ao comando da Câmara na última quinta-feira (7), Maranhão disse no depoimento que não lembrava quem indicou Alberto Youssef – mas, segundo a reportagem, chamava-o de “primo”. Maranhão disse ainda que a conversa com Youssef não passou de cinco minutos, e que dele jamais recebeu dinheiro, mesmo a título de doação eleitoral.
Segundo a defesa do ex-deputado Pizzolatti, Maranhão foi diversas vezes ao apartamento funcional por ele ocupado à época, uma vez que ambos tinham estreita relação no âmbito do PP. Por outro lado, ainda segundo a defesa, Youssef não esteve no imóvel e não houve distribuição de dinheiro.
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