O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega tinha se comprometido a detalhar sua atuação como arrecadador de recursos de empresas para campanhas eleitorais do PT, entre elas a de Dilma Rousseff à reeleição presidencial em 2014, de acordo com o jornal O Globo. A proposta estava em um acordo feito com o Ministério úblico Federal, mas que foi recusado pela 10ª Vara Federal de Brasília. Ao menos no papel, Mantega não atuou nas campanhas de Dilma.
O acordo é chamado de “termo de ciência e compromisso”, e não é uma colaboração premiada. Mas advogados criminalistas de Brasília informaram ao Congresso em Foco que este é o primeiro passo que um investigado dá antes de formalizar uma delação tradicional. O próprio doleiro Lúcio Funaro tentou essa iniciativa em 2016, quando foi detido, revelam emails enviados por seu ex-advogado Daniel Gerber à Procuradoria Geral da República (PGR).
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Por meio do termo, Mantega se propôs a entregaria provas e documentos ligados Operação Bullish, sobre fraudes em contratos de R$ 8 bilhões entre o grupo J&F, proprietário da JBS, e o BNDES. Em contrapartida, não haveria pedido de prisão preventiva ou temporária por parte do MPF. Mas o juiz substituto da 10ª Vara, Ricardo Leite, não homologou o acordo. Com isso, diz O Globo, quatro anexos entregues pela defesa de Mantega à Procuradoria da República no Distrito Federal devem ir parar na lixeira.
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