Na semana passada, a Câmara Legislativa arquivou o processo de cassaçao contra a deputada Liliane Roriz (PTB), com o argumento de que é preciso aguardar o desfecho de todas as ações judiciais contra a distrital. Não há, segundo especialistas, embasamento legal para o argumento. Em suma, o objetivo de perdoar os colegas é salvar a própria pele no futuro.
Leia também
Leia a íntegra do levantamento do Correio Braziliense
Leia a íntegra das respostas dos distritais
Na Comissão de Ética da Câmara Legislativa, três dos cinco parlamentares optaram pelo entendimento jurídico para votar pelo arquivamento do processo contra Liliane Roriz. Raimundo Ribeiro (PPS), Wellington Luiz (PMDB) e Telma Rufino (sem partido) encamparam a ideia – que não possui amparo legal. Um exemplo recente da situação de quebra de decoro é o caso do ex-presidente da Câmara Federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O parlamentar virou réu em duas ações e é investigado e outros seis inquéritos relacionados à Operação Lava Jato, mas não tem nenhuma condenação associada ao caso. Mesmo assim perdeu o cargo.
O levantamento do jornal foi feito com base em ações apresentadas pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) ou pelo Ministério Público Federal e não inclui denúncias por calúnia e difamação, nem casos relacionados à atuação privada dos parlamentares, como processos em varas de família ou de cobrança de dívidas pessoais. Todos os citados negam que sejam culpados.
Publicidade
Deixe um comentário