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O problema é que Moura disse, em coletiva realizada na manhã de hoje (quarta, 5), que o governo pretende tributar o contribuinte em todo o fluxo de recursos enviados ao exterior.
“Queremos manter o efeito da medida sobre o filme (fluxo de recursos), e não sobre apenas a foto (saldo em 31/12/2014). Não podemos optar pelo menor valor”, explicou André Moura depois de se reunir com o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid.
“Agora, o governo quer de novo o filme, então não trate a gente como palhaço”, respondeu Maia, visivelmente exaltado.
Os termos “foto” ou “filme” são referências às propostas discutidas entre Legislativo e Executivo. A pauta defendida pelos deputados, inclusive pelo presidente da Câmara, trata dos tributos que incidem em 31/12/2014 e é chamado de “foto”. Já a medida “filme” é apoiada pela Receita Federal. Neste caso, o cidadão que optar por participar do programa de repatriação, deverá pagar impostos incidentes sobre todos os bens não-declarados até o dia 31/12/2014, e não só sobre o saldo existente nas contas bancárias neste dia.
PublicidadeOutro ponto avaliado pelos deputados destaca que em caso de a conta estar zerada na data de referência, as contribuições enviadas nos três anos anteriores ao exterior também poderiam ser declaradas. A data limite seria 1º de janeiro de 2011.
“Reação inadequada”
No fim da tarde, Maia voltou atrás e afirmou que reagiu “de forma inadequada” aos questionamentos da imprensa.
“Estão explorando de forma equivocada as minhas declarações dadas à imprensa. Recebi uma informação que não estava correta e reagi de forma inadequada. Já me manifestei publicamente no plenário da Câmara, pedindo desculpas pelo tom usado na minha fala, por um mal-entendido. Reitero que este é o momento de manter a Casa unida com o único objetivo de votarmos as propostas que são essenciais para o país”, explicou.
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