No depoimento prestado no último dia 21 – em que a PF registrou 18 vezes o nome do ex-presidente – Bumlai relatou que atendeu um pedido de Fernando Baiano sobre uma palestra no Centro de Estudos Avançados de Angola, e conversou o Lula sobre o evento. O pecuarista negou que tenha tratado de assuntos políticos ou comerciais com o amigo, mas acrescentou que “muitas pessoas encaminhavam demandas via e-mail ao Instituto Lula e que, na ausência de respostas, solicitavam ao reinterrogando, na medida do possível, que fizesse contato junto ao Instituto para viabilizar ao menos a apreciação dos pedidos”.
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Quando isso acontecia, Bumlai disse que acionava Clara Ant, ex-assessora especial de Lula no Palácio do Planalto e diretora do Instituto. No caso da palestra no país africano, Fernando Baiano disse em setembro à Procuradoria-Geral da República que o então presidente do Instituto de Estudos Angolanos, general João Baptista de Matos queria celebrar os dez anos da organização realizando um seminário, e gostaria que Lula fosse o palestrante principal.
“O general Baptista pediu ao depoente (Fernando Baiano) para intermediar este convite; que na verdade se tratou de uma contratação e Lula recebeu valores para participar de tal evento, pagos provavelmente pelo instituto que o general Baptista era presidente; que então o depoente pediu a Bumlai que intermediasse tal convite, oportunidade em que ele disse que iria falar com Lula; que Bumlai retornou dizendo que seria possível, só que seria necessário verificar a data com bastante antecedência, pois a agenda do ex-presidente estava bastante atribulada”, disse Fernando Baiano.
Leia a reportagem completa em O Estado de S. Paulo
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