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Na quarta-feira (14), mesmo dia em que os procuradores da força-tarefa da Lava Jato denunciavam Lula como o “comandante máximo” do petrolão, Moro se apresentava como o principal convidado de um seminário nos Estados Unidos sobre a formação de líderes íntegros e a difusão de bons valores na política, promovido pela Universidade da Filadélfia. O repórter Rodrigo Rangel viajou até lá e fez uma breve entrevista com Moro:
“A Lava Jato já prendeu alguns dos maiores empresários do país e alcançou dezenas de políticos dos mais importantes. O que ainda falta?
Não tenho ideia. Nem eu sei aonde a Lava Jato vai chegar.
Como enxerga a crítica de que a Lava Jato tem atropelado direitos dos investigados?
PublicidadeSomos muito zelosos com o devido processo legal. A gente segue a lei e outros seguem a política.
Que outros?
Aí fica para sua interpretação.
Dias atrás, o ex-advogado-geral da União disse que o atual governo quer abafar a Lava Jato. A exemplo do que ocorreu na Operação Mãos Limpas, o senhor vê a política operando para limitar as investigações?
Não vejo nenhum movimento do atual governo no sentido de abafar as investigações.
Vou repetir a pergunta que o senhor mais ouve na rua: o ex-presidente Lula será preso?
Sem comentários.
Segundo relato da revista, Moro resumiu didaticamente a Lava Jato, mencionou a dificuldade da Justiça brasileira em julgar autoridades e disse que as manifestações de rua deram suporte à continuidade das investigações. “Há um lado negro, por revelar tanta corrupção, mas também um lado luminoso, porque mostra que o Brasil está enfrentando seus problemas e quer se tornar um país melhor, menos corrupto.” Ainda durante a palestra, conforme relato de Veja, o juiz se recusou a analisar o impeachment da ex-presidente Dilma ao ser indagado pela plateia. “Impeachment não é o meu negócio. Posso falar sobre corrupção na Petrobras”, respondeu.
Leia a íntegra da denúncia contra o ex-presidente Lula
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