O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva rebateu neste domingo (15) as críticas feitas pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG) de que um “tsunami varrerá o PT do governo”. Lula afirmou que o PSDB deveria colocar o tsunami deles para abastecer o sistema Cantareira. “Por que eles não colocam o tsunami deles para abastecer o sistema Cantareira, que seria muito mais fácil para eles?”, indagou o petista. A declaração de Aécio foi feita em discurso durante convenção do PSDB realizada ontem, quando a candidatura dele à presidência da República foi confirmada.
O petista fez referência ao governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), que vai tentar a reeleição. São Paulo enfrenta uma crise no abastecimento de água que obrigou Alckmin a acionar o volume morto do sistema Cantareira, que abastece a região metropolitana da capital paulista.
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“O ódio deles [do PSDB] contra nós [do PT] é porque nós provamos para a elite conservadora desse país que há gente mais competente do que eles. Nós provamos que somos mais competentes que eles. Se em 2002 fizemos campanha para a esperança vencer o medo, agora vamos fazer a campanha para a esperança vencer o ódio”, disse Lula.
Em relação aos xingamentos e vaias contra a presidenta Dilma Rousseff (PT), Lula afirmou que foram disparados por parte da elite. “Foram utilizados palavrões em um setor que se percebia que as pessoas não sabem nem o que significa calo na mão. As pessoas tinham cara de tudo, menos de pessoas trabalhadoras”.
Lula sugeriu ainda que o Tribunal de Contas da União (TCU) deve ser acionado para esclarecer se houve corrupção nas obras da Copa do Mundo. “Eles jogaram tudo para debaixo do tapete. Eu duvido que todos eles [ex-presidentes] juntos criaram metade dos mecanismos que eu criei para combater a corrupção”, criticou.
Ainda em discurso durante convenção em que o PT oficializou o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha como candidato ao governo de São Paulo, Lula rebateu também o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC). “Ontem, na convenção deles [do PSDB], vi o ex-presidente falar com a maior desfaçatez que ‘é preciso acabar com a corrupção’. Ele deveria dizer quem é que estabeleceu a maior promiscuidade entre Executivo e o Congresso Nacional quando ele começou a comprar votos para ser aprovada a reeleição, em 1996”.
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