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“O ex-presidente precisa ter muito cuidado para não dar palpite”, completou Lula, que tem participado ativamente de negociações para contornar a crise política enfrentada pelo governo. Apesar de admitir o “momento de dificuldade”, Lula se diz confiante em relação à continuidade do mandato de Dilma Rousseff. “FHC foi eleito em 98, em 99 o país quase quebra e ele tinha 8% de aprovação”, compara.
O ex-presidente falou sobre a crise política e de denúncias de corrupção na Petrobras, que colocou em evidência um amplo esquema de fraudes operado por meio de empreiteiras e políticos de partidos aliados. Por outro lado, Lula destacou os avanços sociais alcançados nos últimos 12 anos, durante a gestão do PT.
Sobre a crise econômica, Lula foi categórico: “A coisa mais importante é aprovar no Congresso as medidas do ajuste”, afirmou ao jornalista, acrescentando que o desafio do momento é “fazer os empresários voltar a investir outra vez”. “Quando você faz bilhões em desoneração, ninguém diz obrigado”, ironizou. O petista argumenta ainda que a crise foi provocada pelo sistema financeiro internacional, a exemplo do que aconteceu em 2008, quando classificou a turbulência financeira mundial como “marolinha”.
Apesar das investigações da Operação Lava Jato atingirem personagens emblemáticos do partido, Lula avalia que o legado do PT ainda é positivo. “Não escolhi nenhum procurador-geral ‘engavetador’. Eu escolhi aquele que a corporação indicou”, defendeu o ex-presidente, para quem chegou ao fim o “cerceamento à investigação nesse país”.
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