Tendo iniciado às 14h20 desta quarta-feira (10), continua em curso o depoimento do ex-presidente Lula ao juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na 13ª Vara Federal de Curitiba (PR). O interrogatório do petista, réu no processo sobre negociações de um triplex no Guarujá (SP), é a primeira ocasião a colocar Lula e Moro frente a frente desde que foram deflagradas as investigações sobre o petrolão, em março de 2014.
Segundo a assessoria de imprensa da Justiça Federal em Curitiba, no Paraná, metade do depoimento já havia sido feita por volta das 16h. Naquele momento, Moro já havia formulado perguntas para Lula e concedido o uso da palavra ao Ministério Público Federal (MPF), responsável pela acusação. Um pouco mais tarde, às 16h30, o magistrado retomou os questionamentos ao petista, réu em outras quatro ações penais referentes à Lava Jato. Segundo o portal G1, foi feita uma pausa para que os participantes do interrogatório usassem o banheiro. Uma segunda interrupção, para alimentação, está em sendo considerada, depois do que será realizada a defesa do ex-presidente.
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O interrogatório é realizado em meio a um inédito aparato de segurança em Curitiba, nas cercanias do prédio da Justiça Federal, com grupos apoiadores de Lula mobilizando milhares de militantes na capital paranaense. Já os críticos de Lula e da classe política envolvida no petrolão parecem ter ouvido os conselhos de Moro, por meio de vídeo veiculado no último sábado (6), e não promove atos nos arredores daquele fórum. A polarização do que seria um enfrentamento entre Lula e Moro, visto como o símbolo maior da Lava Jato, também movimenta as redes sociais e preocupou as autoridades paranaenses nos últimos dias, tendo mobilizado também juízes e promotores no estado.
Como este site mostrou mais cedo, Lula desembarcou no aeroporto Afonso Pena por volta das 10h, onde foi recebido por parlamentares de partidos como PT e PCdoB e dirigentes sindicais, além da ex-presidente Dilma Rousseff, que viajou à capital paranaense em um voo comercial originado em Porto Alegre. O ex-presidente foi levado a Curitiba em um avião particular que decolou de São Paulo. Do aeroporto, o petista se dirigiu a um escritório de advocacia no bairro Boa Vista, região metropolitana de Curitiba, de onde partiu para a sede da Justiça, onde chegou pouco antes das 16h.
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