Candidato à reeleição, o presidente Lula (PT) fez hoje uma série de discursos duros contra seus opositores, durante passagem por Curitiba e pelo município gaúcho de Alvorada. Lula disse que até seus adversários sabem que ele não rouba e, por isso, merece mais respeito da oposição e da imprensa. "Se quiserem me ofender, se quiserem me acusar, que acusem, eu vou manter um comportamento de presidente da República: altivo, sereno, sabedor de que o ódio que eles têm de mim não é por roubo. Eles sabem que eu não roubo e nem roubei", discursou na capital paranaense.
Mais uma vez dizendo-se injustiçado, Lula declarou que nunca falou mal de seus adversários nos quatro anos de mandato. "Nunca viram e nunca vão ver, porque eu vou ganhar a eleição", afirmou. O presidente atribuiu o "ódio" demonstrado por seus adversários ao fato de que "pela primeira vez o pobre brasileiro levantou a cabeça". "Não é o Lula que eles querem destruir. Querem destruir é o nosso sonho de fazer deste país um país grande, rico, que faça Justiça com seu povo."
"Vocês devem estar reparando que há um certo ódio espalhado no ar. O Brasil está vivendo um momento de futrica como nunca se viu. Mas não podemos perder o bom humor, temos uma semana para ganhar a eleição. A gente tem que ir para a rua", conclamou.
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Lula chamou de incompetente a oposição, ressaltando que, em quatro anos, fez muito mais do que os seus adversários desde a colonização do país. "Com mais quatro anos, o meu governo valerá por 16 ou 20 do governo deles, porque eles definitivamente são incompetentes. Eles começaram a governar o Brasil com Pedro Álvares Cabral. Nós só estamos há quatro anos e fizemos muito mais."
Segundo o presidente, estão em disputa dois projetos políticos nesta eleição. O primeiro é representado pelos seus adversários, que "querem fazer o Brasil voltar a ser governado apenas para uma pequena minoria que mamou neste país durante 500 anos". Enquanto isso, o dele seria diferente: "um projeto que resolveu tratar as mulheres e os pobres como pessoa, como cidadão que merece respeito".
O presidente pediu para ser tratado "com decência e respeito" e disse que ainda é tratado da mesma preconceituosa que o levou a perder três eleições presidenciais. "Preconceito é como câncer. Em época de campanha se espalha como metástase."
Lula ainda culpou a oposição por não ter concluído a votação do Fundo Nacional de Educação Básica (Fundeb) e a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, em tramitação no Congresso. "Não aprovaram porque acharam que se aprovassem seria bom para o Lula", afirmou. "É preciso diminuir o ódio com que as pessoas fazem política no Brasil. E é por isso que não ataco ninguém".
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