Integrantes da cúpula do PSB visitaram nesta sexta-feira (15), em São Paulo, a candidata à vice-Presidência da República Marina Silva, recolhida em um bairro nobre da capital paulista desde a morte de Eduardo Campos (PSB), seu companheiro de chapa, na última quarta-feira (13). É a primeira reunião do grupo, liderado pelo presidente em exercício da legenda, Roberto Amaral, desde o acidente de avião que vitimou Eduardo e outras seis pessoas, em Santos.
A visita serviu para informar Marina Silva, apoiada até pela família de Eduardo para substituí-lo na chapa, sobre a reunião do PSB, na próxima quarta-feira (20), para decidir quais serão os rumos da Coligação Unidos pelo Brasil (além do PSB, Rede, PPS, PPL, PRP e PHS) para o pleito de outubro. Embora ainda haja um “núcleo duro”, dentro do PSB, que resiste à indicação de Marina, em favor de um nome do partido, há uma aceitação majoritária de que a ex-senadora e ministra do Meio Ambiente é a melhor escolha – foram quase 20 milhões de votos da então candidata do PV em 2010.
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Embora as especulações sobre a campanha eleitoral sem Eduardo já estejam em curso, declarações oficiais dos caciques do PSB reiteram o respeito ao processo de luto e à memória do ex-candidato. “A nossa prioridade é enterrar o Eduardo, fazer as homenagens que ele merece. Somente depois vamos discutir o cenário eleitoral”, sintetizou Roberto Amaral, segundo o jornal O Estado de S. Paulo.
Visto como uma das principais resistências a Marina, entre outros fatores devido ao alinhamento dele com o PT, Amaral tem dito que as divergências com ela jamais foram camufladas ou impediram um tratamento cordial mútuo. E explicou por que ainda não havia procurado a candidata. “A gente olha para a Marina e vê o Eduardo.” Além dele, compareceram ao encontro com Marina a deputada Luiza Erundina (PSB); o secretário executivo do partido, Carlos Siqueira; o ex-secretário de Governo de Eduardo, Milton Coelho; e o porta-voz do Rede Sustentabilidade (partido criado por Marina), Walter Feldman.
O PSB tem até o próximo dia 23 para definir o substituto de Eduardo. Há dez meses filiada à legenda, Marina tem rejeitado diversas alianças Brasil afora e, também por isso, desagradou a muitos dentro do partido. Ainda assim, deve ser indicada à cabeça de chapa. Na próxima terça-feira (19), quando tem início a campanha eleitoral gratuita em rádio e TV, haverá homenagens a Eduardo Campos não só por parte do PSB – as campanhas de Dilma Rousseff e Aécio Neves, por exemplo, já anunciaram que também o fariam.
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