O requerimento foi entregue para o corregedor da Câmara, Átila Lins (PSD-AM). No texto, os deputados dizem que os eventos da semana passada deixam a MP dos Portos sob suspeita. Além disso, acreditam que as declarações de Garotinho podem “configurar eventual quebra da ordem e da disciplina na Câmara dos Deputados, e até quebra do decoro”.
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Na quarta-feira (8), Garotinho subiu à tribuna para questionar a emenda aglutinativa apresentada pelo líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), seu desafeto político. “Não votarei nessa emenda aglutinativa. Essa emenda aglutinativa deveria ter outro nome, outro nome. Esta MP não é dos portos, é dos porcos. Essa MP não está cheirando mal não, como disse alguém aqui. [Ela] É podre”, disparou. Com o discurso, ele derrubou a sessão. A MP perde a validade na quinta-feira (16).
Após o discurso, deputados se revezeram na tribuna questionando as declarações do deputado. E pediram que ele indicasse quais parlamentares teriam interesses “nada republicanos” na aprovação do texto. Ele disse que só falaria no Conselho de Ética. Cunha, o autor da emenda, chegou a qualificar o colega de “punguista” e perguntou se os outros integrantes da Casa confiariam em alguém com condenação na primeira instância.
O próprio Cunha prometeu entrar com uma ação contra Garotinho. Ela seria patrocinada pelo próprio PMDB, garantindo o início da investigação direto no Conselho de Ética. No entanto, isso não aconteceu até o momento. “Já estamos vivendo uma ressaca do mensalão. A nossa Casa não pode aceitar isso. Por isso os partidos de oposição não vão aceitar”, disse o líder da minoria na Câmara, Nilson Leitão (PSDB-MT).
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