“Temos pelo que protestar, com certeza. Mas não se está consciente da necessidade disso. E existe uma sombra coletiva terrível, racista, fascista, homofóbica, egoísta nesse estilo de manifestação que está acontecendo. Tem muita gente entrando nessa ‘vibe’ de ‘inocente útil’. É como eu vejo. Mas claro que tem pelo que se lutar. Por exemplo, uma reforma política urgente”, defendeu.
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No início de março, a atriz pediu a retirada de um vídeo que utilizava indevidamente sua imagem e de outros artistas para convocar os manifestantes para os protestos do dia 15 daquele mês. O vídeo original, na verdade, dizia respeito a uma campanha contra a construção da Usina de Belo Monte. “Isto é mentira deslavada! De novo fazem mal uso de nossa imagem”, escreveu em sua página no Facebook. “Por favor, retirem este post com imagens do Gota D’água que manipularam para fomentar este GOLPE contra a DEMOCRACIA do Dia 15! Eu, Leticia Sabatella, não compactuo com isto!”, completou.
Na entrevista ao Estadão, Letícia também criticou as reações de religiosos ao beijo gay das personagens de Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg, na novela Babilônia, da TV Globo. “É um boicote fundamentalista”, classificou. “A não aceitação do amor verdadeiro como ele acontece, a busca da felicidade legítima. A grande censura é hipócrita. Ela quer que as pessoas finjam o que não são, que sejam oprimidas mesmo”, acrescentou.
Militante dos direitos humanos, Letícia já se reuniu diversas vezes com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e dirigiu um documentário sobre os índios Krahô, no Tocantins. Também esteve no Congresso Nacional para se posicionar contra a PEC do Trabalho Escravo.
Leia a entrevista no Estadão
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