O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta quinta-feira (6) o fatiamento do principal inquérito da Operação Lava Jato na suprema corte – que apura a suposta organização criminosa para fraudar a Petrobras com a participação de políticos e empresários.
Com a decisão, tomada após pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, nomes como o do ex-presidente Lula, do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) passam a ser alvos do inquérito.
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Inicialmente, o chamado “inquérito-mãe” da Lava Jato tinha 39 investigados. A maioria dos políticos da chamada “lista de Janot” eram do Partido Progressista (PP). Agora, serão 66 investigados. O inquérito sobre o PP terá 30 nomes e o do PT contém outros 12. O PMDB, no Senado, tem nove e na Câmara mais 15.
No parecer em que pede a separação dos casos, Janot afirma que políticos de diferentes partidos se organizaram em uma estrutura criminosa para desviar recursos da Petrobras e de outros órgãos da administração pública.
“Como destacado, alguns membros de determinadas agremiações organizaram-se internamente, valendo-se de seus partidos e em uma estrutura hierarquizada, para cometimento de crimes contra a administração pública”, escreveu o procurador-geral.
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