Em depoimentos aos investigadores da Operação Lava Jato, Delcídio afirmou que, em 2014, tinha uma dívida deixada por sua campanha derrotada ao governo de Mato Grosso do Sul. Segundo ele, ao procurar o ex-ministro Edinho Silva, tesoureiro da campanha de Dilma à época, Edinho o orientou a pedir às empresas credoras para apresentarem notas fiscais em que figurasse como tomadora de serviço a EMS, que faria o pagamento. As credoras eram duas agências de comunicação: a FSB e a Black Ninja.
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O ex-senador disse, na delação, que as agências chegaram a emitir as notas fiscais –R$ 500 mil cada. Entretanto, ainda segundo Delcídio, assim que as notícias de envolvimento da EMS com a Lava Jato surgiram, as agências tiveram receio e cancelaram as notas.
A EMS rebateu as acusações, em documento assinado por seu advogado criminalista, Fernando José da Costa, enviado à 10ª Vara da Justiça Federal em Brasília, onde tramita uma apuração preliminar contra Edinho baseada na delação de Delcídio. Na versão da empresa, um assessor de Delcídio, identificado como Diogo, procurou um diretor da farmacêutica no final de 2014 e pediu à empresa para quitar a dívida. Diante de uma negativa, ainda com informações da EMS, o assessor tentou intimidar o diretor: “Você sabia que Delcídio é senador e amigo pessoal da presidente da República?”
Dias após essa conversa, o diretor recebeu as notas por e-mail. A EMS sustenta que não pagou, o que teria levado ao cancelamento das notas.
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