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João Santana trabalhou nas campanhas presidenciais de Lula e Dilma, e entrou na mira da Lava Jato após os investigadores reunirem indícios de que ele possui contas não declaradas no exterior. Por meio delas, o publicitário teria recebido R$ 7 milhões da Odebrecht. Santana passou a ser investigado após policiais federais apreenderem na casa de Zwi Skornicki um manuscrito atribuído à Mônica Moura indicando contas dele fora do país, conforme informou a revista Veja.
Na época, a empresa de Santana, Pólis Propaganda e Marketing, negou a prática de caixa 2 e afirmou que “o grupo recolhe todos os impostos devidos”. “O Grupo Pólis possui agências autônomas no Brasil, e em outros países. As empresas funcionam de forma independente, operacional e financeiramente. Não há trânsito de recursos entre elas. Valores recebidos de campanhas brasileiras sempre foram pagos no Brasil, e valores recebidos por campanhas no exterior foram pagas no exterior, seguindo as regras e a legislação de cada país”, informava a nota divulgada pela empresa.
A 23ª fase da Operação Lava Jato foi batizada de “Acarajé” – nome utilizado pelos investigados para se referir a dinheiro em espécie. Desde as 6h, os agentes da PF cumprem em três estados (Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo) 51 mandados: 38 de busca e apreensão, dois de prisão preventiva, seis de prisão temporária e cinco de condução coercitiva.
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