“Não querer ser subserviente é saudável. O momento é importante para o Congresso. E também é natural que o governo reaja. Quem é que perde poder? Mas o governo vai ter de aprender a conviver com essa independência do Congresso e com um diálogo mais natural”, disse ao repórter João Domingos.
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Na entrevista, a senadora criticou o PT, partido que, segundo ela, quer receber apoio de aliados, mas não sabe retribuir na mesma medida. Na opinião dela, a existência de diversos grupos internos torna “quase impossível” a aliança de petistas com outras legendas.
Kátia ainda elogiou o novo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), desafeto de Dilma que impôs algumas derrotas ao governo desde sua eleição. “As entrevistas dele mostram um político sensato. Ele tem responsabilidade. É do PMDB e eu o apoiei”, disse a senadora licenciada.
Há duas semanas, Eduardo Cunha derrotou o candidato do Planalto, o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), na disputa à presidência da Câmara. De lá pra cá, concluiu a votação do orçamento impositivo, que obriga o governo a executar as emendas dos parlamentares, entregou o comando da comissão da reforma política para a oposição e chamou todos os 39 ministros de Dilma a comparecerem ao plenário da Casa para falar dos projetos de suas respectivas pastas.
Indicada por Dilma, sem o aval da cúpula do partido, a ministra também defendeu o vice-presidente Michel Temer, cuja liderança no PMDB tem sido contestada por peemedebistas que o acusam de pouco interceder em favor do partido. Para Kátia Abreu, o vice-presidente tem bom diálogo com a presidenta e sua saída poderia não ser boa para o partido.
PublicidadeLeia a entrevista de Kátia Abreu ao Estadão
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