“Muito me entristece em ver as acusações a sua pessoa, de lutarem para tentar tomar o seu mandato por dois motivos sendo que um deles foi por ter lutado e acreditado na agricultura brasileira. Se isso for verdade e se isso se concretizar eu quero ser corresponsável nesses atos porque foi através da CNA [Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil] que aconselhei a presidente Dilma a investir na agricultura”, discursou.
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A ministra se refere a um dos pontos da denúncia que originou o processo de impeachment de Dilma. De acordo com a acusação, a presidente cometeu as chamadas pedaladas fiscais ao atrasar repasses ao Banco do Brasil vinculados ao Plano Safra, que prevê operações de crédito para agricultores. Assim, o pagamento foi feito pelo banco público, que em seguida foi ressarcido pela União. Os defensores do impeachment dizem que o governo contraiu empréstimo com um banco público, o que não é permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
“Saio do governo junto com a presidente Dilma e volto para o Senado”, afirmou. De volta ao Senado, Kátia assumirá o mandato no lugar de seu suplente, Donizeti Nogueira (PT-TO). “Vou acompanhar a presidente Dilma no que acontecer, seja qual for o resultado eu estarei ao lado dela”, disse a ministra.
Em seu discurso na cerimônia realizada nesta manhã (4), no Palácio do Planalto, Kátia Abreu reiterou o que declarou na comissão especial do impeachment na última sexta. “Eu apoio a presidente Dilma pela reciprocidade que ela deu à agricultura brasileira nos últimos cinco anos. Acredito na idoneidade e na honestidade da presidenta”, afirmou na ocasião.
“Popularidade vai e vem, mas a dignidade e a honra, se forem um dia, nunca mais retornam. Tenho orgulho de estar ao seu lado, de ser sua ministra, de ser sua parceira, de ter a senhora como presidente do Brasil”, concluiu Kátia Abreu, a única remanescente do PMDB na gestão Dilma, depois que o partido decidiu romper com o governo.
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