O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, disse nesta terça-feira (3), que “não é impossível” apoiar a candidatura Ciro Gomes, do PDT, enquanto uma aliança com Lula ou Bolsonaro, no primeiro turno, está descartada. Kassab classificou o pedetista como um “excelente candidato” e “única terceira via”.
“Eu continuo torcendo pra que a gente tenha uma terceira via e o Ciro seria uma extraordinária terceira via. Ele é muito bem preparado, tem experiência, saberá fazer um bom governo, conhece economia, conhece gestão, tem energia, boa saúde… tem todas as condições para ser um bom presidente da República”, disse Kassab em entrevista à Rádio Bandeirantes.
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Mas, segundo o presidente do PSD, Ciro precisa pontuar pelo menos 10% na pesquisa espontânea, além de 15% no cenário estimulado. Para o ex-ministro, só assim, Ciro teria chances de receber apoio do PSD e de outros partidos.
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“Nenhum partido vai fazer aliança com um candidato como o Ciro se ele não chegar no início de junho com 15%, 16%. Porque não é fácil, se ele tiver menos de 15%, em pouco tempo alcançar o Bolsonaro e o Lula”, ponderou Kassab.
PublicidadeNas redes sociais, Ciro Gomes agradeceu o apoio de Kassab.
Obrigado meu amigo Kassab, por dizer em público o que você tem me dito, com muita franqueza, em particular. Digo aqui o que tenho sempre lhe dito : estamos crescendo e vamos surpreender. O Brasil precisa de nós para rompermos esta polarização odienta. https://t.co/eCvTjJpmlo
— Ciro Gomes (@cirogomes) May 3, 2022
Após perder os nomes aptos para concorrerem a eleição presidencial deste ano, como o senador Rodrigo Pacheco e o ex-governador Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, o presidente do PSD disse que a sigla caminha para não ter um nome próprio na disputa. Kassab também liberou os integrantes da legenda para fazer as alianças necessárias com outros partidos.
No entanto, frisou que Lula e Bolsonaro não terão o apoio do PSD no primeiro turno.
“O partido caminha para não ter candidatura. Estamos consultando cada estado, cada liderança”, disse Kassab. “Eu acho que uma coligação com o Lula, no primeiro turno, é difícil. Também, com Bolsonaro, é difícil”, disse.
PT na disputa
Fechando alianças com partidos de esquerda, o pré candidato à presidência do PT, ex-presidente Lula, ainda tenta atrair o apoio do PSD no primeiro turno eleitoral. Os esforços petistas estão, principalmente, centrados em estados em que ainda há disputa entre os aliados para saber quem será candidato a quais cargos.
As tratativas do PT com o PSD também influencia nas chapas estaduais. Por exemplo, em Pernambuco, o PT avalia a possibilidade de um apoiar a candidatura do deputado André de Paula (PSD) ao Senado.
Em Brasília, a presidente Gleisi Hoffmann também costura conversas com o presidente Kassab.
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