O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa terá que pagar R$ 20 mil de indenização ao jornalista Felipe Recondo. Barbosa foi condenado porque chamou o então funcionário do jornal O Estado de S. Paulo de “palhaço”, em março de 2013. Na ocasião, o ministro ainda mandou Recondo “chafurdar no lixo”. A decisão foi da 4ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT).
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À época, o STF divulgou uma nota de Joaquim Barbosa se desculpando pelas respostas “ríspidas”. Na nota, assinada pelo secretário de Comunicação do STF, Wellington Geraldo Silva, Joaquim atribuiu a reação ao “cansaço” e às “fortes dores” devido à longa sessão do CNJ. Também disse que foi um episódio isolado e que não condiz com o histórico de relacionamento do ministro com a imprensa.
Em novembro de 2015, a Justiça havia negado o pedido de indenização por danos morais.
Gravado
O episódio ocorreu em março de 2003, quando o então presidente do Supremo Tribunal Federal foi abordado depois do encerramento de uma reunião do Conselho Nacional de Justiça, também presidido por ele à época. Joaquim se irritou ao ser questionado sobre as críticas dirigidas a ele por entidades de magistrados.
PublicidadeO áudio da conversa foi divulgado pelo jornal O Estado de S. Paulo. Segundo o jornal, o ministro ainda chamou o repórter de “palhaço” logo em seguida, após se distanciar do repórter. Esta parte, porém, não é captada pela gravação divulgada.
“Presidente, como o senhor está vendo…”, começou a perguntar o repórter. “Não estou vendo nada”, interrompeu o ministro. Após nova tentativa do jornalista em fazer a pergunta, Joaquim perdeu a paciência: “Me deixa em paz, rapaz. Vá chafurdar no lixo como você faz sempre”.
“Que é isso ministro, o que houve?”, questionou o jornalista. “Estou pedindo, me deixe em paz. Já disse várias vezes ao senhor”, prosseguiu o ministro. O repórter afirmou que perguntar fazia parte de seu trabalho. “Eu não tenho nada a lhe dizer, não quero nem saber do que o senhor está tratando”, retrucou o ministro.
Ouça novamente a conversa:
Com informações do Portal Metropoles
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