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Jucá justificou que conversou com Sérgio Machado não como ministro, mas como senador. “Não há na conversa nenhum posicionamento diferente do que tive em entrevistas e em questões públicas”, explicou o senador. “Vou pedir licença do cargo a partir de hoje a noite, quando vou pedir ao Ministério Público Federal que se manifeste e diga se há ou não irregularidade na minha conversa com o ex-senador Sérgio [Machado]”, afirmou.
Enquanto estiver afastado do cargo, Jucá assume suas funções no Senado, onde disse que vai trabalhar pela rápida aprovação da nova meta fiscal do Executivo. Com o afastamento dele, o Ministério do Planejamento será comandado pelo secretário-executivo Dyogo Henrique de Oliveira. Jucá afirmou também que seguirá na presidência do PMDB nacional.
O peemedebista esteve no Senado juntamente com o presidente interino Michel Temer, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o secretário de governo, Geddel Vieira Lima, e o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. Eles foram entregar ao presidente do Senado o projeto de alteração da meta fiscal do governo neste ano.
Romero Jucá anunciou ainda que negociou com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e que a proposta deve ser votada nesta terça-feira (24) às 11h. “Vou acompanhar a votação da comissão [Mista de Orçamento] hoje [segunda, 23] e amanhã reassumo o Senado para fazer o enfrentamento até que o MPF se manifeste sobre as condições da minha fala com Sérgio Machado”, disse.
Temer e sua equipe foram recebidos aos gritos de “golpistas” no Senado Federal. O protesto foi liderado pelos deputados petistas Moema Gramacho (BA) Paulo Pimenta (BA) e Élder Salomão (ES), que levaram placas com os dizeres “Delcídio = Jucá, prisão e Conselho de Ética já!”.