O presidente nacional do MDB, Romero Jucá (RR), e toda a atual direção do partido foram reconduzidos nesta quarta-feira (21) por mais um ano, a partir de 2 de março. A decisão foi tomada pela própria Executiva Nacional do MDB, que em 19 de dezembro resolveu trocar de nome em um momento de denúncias de corrupção em massa contra seus membros.
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A cúpula atual comanda o partido desde que Michel Temer assumiu provisoriamente a Presidência da República, em 12 de maio de 2016, e passou a presidência do PMDB para Jucá. Um dos principais congressistas investigados no Supremo Tribunal Federal (STF), com destaque para o esquema de corrupção desbaratado pela Operação Lava Jato, o senador lidera o governo Temer no Senado – assim como liderou nos governos Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Lula (PT) e Dilma Rousseff (PT). Este site mostrou, no dia em que Jucá foi confirmado como líder, quais eram as complicações que o senador respondia na Justiça.
Uma das principais, no final de maio de 2016, foram providenciais para que Jucá passasse ao imaginário popular como o político que articulou “estancar a sangria” da Lava Jato, declaração interceptada com autorização judicial que o derrubaria do Ministério do Planejamento. Ele se afastou do cargo e voltaou ao Senado em meio gravações em que ele defende a troca do governo e a construção de um “grande acordo nacional” para “estancar a sangria” da Lava Jato.
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Além da recondução da direção nacional, com todos os postos escolhidos por Jucá, também foram discutidos na reunião de hoje (quarta, 21) os termos da distribuição dos recursos do fundo eleitoral para campanhas a deputado e senador, com vistas às eleições de outubro próximo.
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