FOLHA DE S.PAULO
Governo de Aécio fez só 2 aeroportos novos em MG
Dos 14 novos aeroportos previstos para Minas Gerais pelo programa ProAero, lançado no governo Aécio Neves (2003-2010), apenas dois saíram do papel: o Regional da Zona da Mata e o da cidade de Cláudio, onde a família do senador possui uma fazenda.
Nas cidades de Itabira, Sete Lagoas, Ouro Preto, Brumadinho, Lagoa da Prata, Barão de Cocais, Monte Santo de Minas, Mantena, Andrelândia, Chapada Gaúcha, Buenópolis e Volta Grande, as obras inicialmente idealizadas não foram executadas.
A construção do Aeroporto Regional da Zona da Mata teve início em 2005 e foi concluída em 2011. A companhia Azul opera voos comerciais no local para duas cidades.
A obra em Cláudio foi concluída em 2010, mas o empreendimento ainda não tem autorização da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para operar com o público. Empresários da cidade dizem que a demanda por uso de aviões particulares é reduzida.
Questionado, Aécio não diz se usou aeródromo
Em visita nesta sexta (25) à favela de Vigário Geral, na zona norte do Rio, o candidato à Presidência Aécio Neves (PSDB) evitou responder se alguma vez ele mesmo fez uso do aeroporto de Cláudio (MG).
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A obra foi construída no terreno de um tio dele que foi desapropriado pelo governo do Estado no final de seu segundo mandato.
“De novo? Essa matéria já foi mais que esclarecida. Todo homem público tem que esclarecer quaisquer questionamentos. O que é importante é que os esclarecimentos possam chegar à opinião pública. O Estado de Minas não fez um, fez mais de 30 aeródromos”, afirmou.
“Há uma exploração política, e é natural que haja. Eu tenho a oferecer ao Brasil uma vida correta.”
Pista pavimentada em 2007 não tem registro até hoje
Um aeroporto cuja pista de pouso foi pavimentada pelo governo de Minas Gerais em 2007, quando o tucano Aécio Neves era o governador, até hoje existe sem registro na Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o que impede que seja usado pelo público.
O aeródromo fica em Montezuma, uma cidade no norte do Estado em que a família do senador possui propriedades rurais. O município de 7.500 habitantes fica quase na divisa com a Bahia, a 750 km de Belo Horizonte. O senador é sócio da Perfil Agropecuária, dona das terras.
A pavimentação da pista custou R$ 309 mil, segundo o governo, mas o aeroporto não foi homologado como privado nem como público, apesar do investimento realizado com essa finalidade.
Governo afrouxa regras para bancos ampliarem crédito
Medida pode injetar R$ 45 bilhões na economia; para o setor bancário, o impacto dos incentivos será limitado. Um dia depois de afirmar que não vai mexer na taxa básica de juros por um longo período, o Banco Central anunciou medidas de estímulo ao crédito. A instituição retirou restrições e criou incentivos que podem injetar R$ 45 bilhões na economia.
O valor representa apenas 1,5% do estoque de crédito no país (R$ 2,8 trilhões). Por outro lado, equivale às concessões de novos empréstimos em um período de três meses.
A liberação do dinheiro, porém, depende da vontade dos bancos de emprestar e da demanda dos consumidores em um momento de alta dos juros. O setor bancário estima que o impacto será limitado
Santander emite alerta sobre petista e depois volta atrás
O Banco Santander enviou no dia 1º de julho aos seus clientes de alta renda um texto afirmando que o eventual sucesso eleitoral da presidente Dilma Rousseff produzirá uma piora na economia do Brasil.
A análise foi impressa no extrato dos clientes da categoria “Select”, com renda mensal superior a R$ 10 mil. O texto diz que, se Dilma subir nas pesquisas eleitorais, juros e dólar vão subir, e a Bolsa, cair.
Publicado na sexta-feira (25) no UOL, o comentário do Santander vem sob o título “Você e seu dinheiro” e prevê que um cenário eleitoral favorável à petista reverterá “parte das altas recentes” na Bolsa:
Nos palpites de consultorias, caem chances de Dilma na eleição
Consultorias dentro e fora do Brasil preveem vitória do tucano Aécio Neves. “Serra ou o caos”, profetizava o megainvestidor George Soros caso Lula vencesse o tucano José Serra na eleição presidencial de 2002.
Doze anos depois, o mercado vê Dilma Rousseff (PT) com cada vez menos chances. Já há quem aposte na vitória da oposição, tendo Aécio Neves (PSDB) como favorito.
Várias consultorias atualizaram nesta semana palpites sobre o resultado da eleição com base nas recentes pesquisas Datafolha e Ibope.
Usando modelos mais ou menos sofisticados que levam em conta intenções de voto, rejeição, resultados e tendências de pleitos passados, elas chegam a cravar percentuais.
Procuradoria de SP pede impugnação da candidatura de Maluf
Deputado foi condenado por superfaturamento em obra; assessoria diz que Lei da Ficha Limpa não se aplica ao caso. A PRE (Procuradoria Regional Eleitoral) de São Paulo impugnou o registro de candidatura do deputado federal Paulo Maluf (PP) à reeleição.
O motivo é a condenação de Maluf no Tribunal de Justiça de São Paulo pelo superfaturamento em obras do Túnel Ayrton Senna durante a sua segunda gestão como prefeito da capital paulista (1993-1996). A decisão foi dada em novembro de 2013.
Pela Lei da Ficha Limpa, aprovada em 2010, fica inelegível por oito anos quem é condenado à suspensão dos direitos políticos por ato doloso (intencional) de improbidade administrativa que represente lesão ao patrimônio público e enriquecimento ilícito em decisão proferida por órgão colegiado.
Estado de São Paulo tem a 13ª alta seguida de roubos
Apesar da 13ª alta seguida nos assaltos, ritmo do crescimento diminuiu, diz governo estadual
Cruz Vermelha virá ao Brasil para investigar desvios
Equipe ligada à Federação Internacional chegará em setembro após auditoria apontar desvios
Israel rejeita cessar-fogo proposto pelos EUA em Gaza
Premiê israelense, porém, aceita trégua humanitária de 12 horas no conflito com o Hamas em Gaza, que já dura 18 dias
O ESTADO DE S.PAULO
Após manter juro alto, BC libera R$ 45 bi para crédito
Pacote de estímulo à economia incentiva financiamento; medida surpreende porque Selic havia sido mantida em 11%
Múcio Tolentino: “Aeroporto era para todo mundo usar, até o Aécio”
Tio-avô do candidatos do PSDB questiona o valor desapropriação de terreno de sua fazenda onde governo construiu pista
A pista era usada por Aécio?
O aeroporto não é do Aécio, o que ele fez foi melhorar. A intenção era todo mundo usar, inclusive o governador. Quem utiliza é o Pedro de Oliveira e o Bráulio Campos, empresários que têm avião.
Petrobras amplia gastos de publicidade em meio à crise
Despesas cresceram 17% no primeiro semestre de 2014 em comparação com 2013; orçamento médio mensal da companhia quase triplica nos meses de maio e junho após a crise envolvendo negócios da companhia e às vésperas da restrição eleitoral
PF apura se Costa e doleiro estavam ligados a partidos
A Polícia Federal suspeita que o engenheiro Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, e o doleiro Alberto Youssef – alvos da operação Lava Jato – empenharam-se na montagem de complexo esquema de criação de offshores para blindagem de patrimônio e ocultação de valores ilícitos doados a políticos e partidos.
A maior parte do dinheiro, para os investigadores, teria origem em supostos desvios de contratos da estatal com empreiteiras e fornecedoras. Essas offshores (empresas de fachada) teriam sido usadas para a remessa de dinheiro para o exterior. Pelo menos duas já são citadas em uma ação penal instaurada contra o doleiro: DGX Imp and Exp Limited e RFY Imp. Exp. Ltd.
Por meio delas, de junho de 2011 a março de 2014, Youssef teria lavado dinheiro supostamente desviado da Petrobrás. Os investigadores rastrearam pelo menos US$ 78,2 milhões enviados por meio de 1.114 contratos de câmbio fraudulentos, que simulavam importações.
Banco diz que Dilma ‘piora’ economia
Procuradoria contesta candidatura de Maluf
O GLOBO
Governo insiste em medidas de estímulo ao consumo
Diplomacia do Brasil troca de padrão ao condenar Israel
Governadores candidatos à reeleição reapresentam propostas que não realizaram
Propostas são reeditadas em programas de governo em 2014
Governadores que tentam a reeleição nos principais estados do país deixaram de cumprir promessas apresentadas por suas chapas ao eleitorado em 2010. Algumas delas foram reeditadas no programa de governo deste ano. No Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB) reapresentou propostas feitas no último pleito para o Palácio Guanabara, principalmente na área de infraestrutura. Em São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) promete obras que já constavam em seu plano de governo passado.
No caso de Agnelo Queiroz (PT), no Distrito Federal, algumas proposições do programa de 2010 serão aprofundadas, de acordo com o texto deste ano. No Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT) só apresentou um termo de compromisso, mas retoma compromissos de quatro anos atrás.
Ao todo, 18 governadores tentam se reeleger. Como Pezão, alguns eram vices e assumiram o comando do governo depois que os titulares renunciaram para concorrer a outro cargo. Outros, como Alckmin, Tarso e Agnelo, foram eleitos governadores em 2010 e tentam novo mandato.
Em 2010, a chapa do governador Sérgio Cabral e do então vice-governador Luiz Fernando Pezão, ambos do PMDB, apresentou no programa de governo de 108 páginas promessas como a de iniciar as obras da Linha 3 do metrô, de ligação entre Niterói e Itaboraí, passando por São Gonçalo, e a de reforma das estações de trem. No programa de governo deste ano, Pezão reapresentou as propostas. O governador, que tenta a reeleição, disse ao GLOBO que as obras da Linha 3 não começaram porque o governo estava definindo o projeto e o modelo de financiamento, o que foi solucionado. A presidente Dilma Rousseff anunciou no fim de 2013, em visita ao Rio, a liberação de recursos para a implantação da Linha 3. Sobre a reforma das estações de trem, o governador afirma que muito já foi feito pelo sistema ferroviário, mas que falta fazer mais, incluindo essa promessa de campanha.
Campos critica ‘presidencialismo de coalização’ de Dilma
O candidato do PSDB à Presidência da República, Eduardo Campos, criticou no fim da noite desta sexta-feira a política econômica do governo Dilma Rousseff e o presidencialismo de coalizão, “a política atrasada que hoje sustenta o governo”. Falando em mudança e ao lado de sua vice, a ex-senadora Marina Silva, o ex-governador pernambucano participou de evento que marcou o lançamento de candidaturas a deputado estadual e federal por São Paulo do grupo da Rede de Marina, no centro de São Paulo.
– O mundo se refaz da maior crise econômica de sua história. Hoje, o país que em 2010 soprava continuidade sopra mudança… A agenda interditada é tirar o país da situação em que ele se encontra hoje com a retomada da inflação, os juros altos, o baixo crescimento, a descrença da sociedade na democracia que conquistamos e as instituições – disse Campos, criticando a atual política.
Ministro do TCU diz que AGU tentou adiar julgamento sobre Pasadena
Autor do parecer do Tribunal de Contas da União (TCU) que isentou a presidente Dilma Rousseff no caso da polêmica compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras, o ministro José Jorge confirmou ontem que teve uma audiência formal com o ministro-chefe da Advocacia Geral da União (AGU), Luís Inácio Adams, e que é normal receber pedidos de adiamento de votações para que as partes se preparem melhor. Já o ministro José Múcio disse que se encontrou com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última segunda-feira, mas que não tratou do tema no encontro. As pressões da AGU e de Lula para tentar engavetar o processo foram o tema da coluna de ontem de Merval Pereira.
Apesar de terem confirmado que foram procurados, os dois ministros negaram qualquer interferência do governo e de Lula para isentar Dilma de responsabilidades na negociação da refinaria. Na época, ela era presidente do Conselho de Administração da estatal, mas o TCU culpou apenas a diretoria da Petrobras.
Lindbergh diz que Dilma errou ao iniciar campanha no Rio ao lado de Pezão
Na presença de militantes do PT e do presidente nacional do partido, Rui Falcão, o candidato ao governo do Rio senador Lindbergh Farias afirmou, nesta sexta-feira, que a presidente Dilma Rousseff, que concorre à reeleição, errou ao fazer o primeiro ato de campanha dela com o seu adversário, o governador Luiz Fernando Pezão, do PMDB. Segundo Lindbergh, Dilma se equivoca quando vincula a sua imagem a Pezão e ao PMDB. Foi a primeira vez que o senador petista se manifestou sobre o movimento “Dilmão”, lançado na quinta-feira em uma churrascaria de São João de Meriti.
— Na nossa avaliação, para a campanha dela, há uma vinculação excessiva ao PMDB, que está traindo, está muito rejeitado no estado. Isso é ruim para a campanha dela — disparou Lindbergh, que participou de ato com a militância no Sindicato dos Bancários, no Centro do Rio.
Doleiro passa mal na prisão e Justiça aceita mais uma denúncia contra ele
No mesmo dia em que a Justiça Federal aceitou nova denúncia contra Alberto Youssef pelo desvio ilegal de US$ 78,2 milhões para o exterior, o doleiro sofreu problemas coronários na carceragem da Polícia Federal (PF) de Curitiba, onde está preso. O doleiro começou a se sentir mal por volta das 9h20m desta sexta-feira, quando os carcereiros da PF chamaram uma ambulância do SAMU. Segundo a PF, ele foi levado para um hospital de Curitiba sob forte escolta e foi para a Unidade de Terapia Intensiva. Lá, se submeteu a um cateterismo para desobstrução de artérias entupidas. Até o início da noite, Youssef continuava internado e dependia de autorização médica para voltar à carceragem.
No mesmo dia em que a Justiça Federal aceitou nova denúncia contra Alberto Youssef pelo desvio ilegal de US$ 78,2 milhões para o exterior, o doleiro sofreu um infarto na carceragem da Polícia Federal de Curitiba, onde está preso. O problema aconteceu na tarde desta sexta-feira. Youssef teve que ser levado para um hospital, onde se submeteu a um cateterismo. Seu retorno à carceragem deve ocorrer ainda nesta sexta.
CORREIO BRAZILIENSE
BC libera R$ 45 bilhões para destravar economia
Com a medida, consumidores terão mais facilidade de conseguir financiamento bancário
Chuva e frio dão um drible na seca
As baixas temperaturas e a garoa devem continuar no DF neste fim de semana. Em várias áreas do Sul do país, haverá neve.
Porta-voz israelense já diz “amar o Brasil”
Depois de chamar o país de “anão diplomático”, assessor do chanceler de Israel ameniza as críticas e faz elogios à atuação brasileira na criação do Estado Judeu. Trégua de 12 horas permitirá a ajuda humanitária em Gaza.
Candidatos ao Planalto tentam aproximação com movimentos sociais
Os três principais candidatos na disputa eleitoral pela Presidência da República intensificaram as articulações com movimentos sociais, setores da juventude, ONGs e representantes de minorias neste início de campanha eleitoral. Ontem, foi a vez do senador tucano Aécio Neves (MG). Ele visitou o centro cultural do Afroreggae, na favela de Vigário Geral, no Rio de Janeiro. O ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) conheceu o local há um mês. Na terça-feira, o comitê de campanha da presidente Dilma Rousseff se reúne com integrantes do Instituto Sou da Paz para debater propostas voltadas à área de segurança pública. No fim de agosto, a petista deve se encontrar com representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag).
O secretário nacional de Reforma Agrária da Contag, Zenildo Pereira, afirmou que debaterá uma pauta ampla de reivindicações com todos os candidatos. “Nesse início de campanha, ainda não tivemos uma reunião para que eles assumissem compromissos em relação ao assentamentos de famílias. Vamos sentar com os principais candidatos. É papel nosso. Estamos no início de articulação”, afirmou.
“Argentina quer negociar, mas em condições justas”, diz ministro do país
A decisão do juiz norte-americano Thomas Griesa para que os credores de títulos soberanos da Argentina sejam pagos em sua totalidade “é impossível de cumprir”. O alerta foi dado ontem pelo ministro da Economia do país vizinho, Axel Kicillof. “A Argentina quer negociar, mas em condições justas”, ressaltou ele, durante a abertura do Conselho de Administração do Banco del Sur, em Buenos Aires. Ontem, a comitiva argentina se reuniu por cerca de uma hora com o mediador Daniel Pollack, depois de um encontro sem avanços na última quinta-feira.
O governo da presidente Cristina Kirchner reiterou a opinião de que a falta deve-se só à negligência dos fundos contrários à reestruturação da dívida em 2005 e 2010. O juiz do processo também é criticado por ameaçar acordos firmados com a maioria dos credores. Com essas declarações, as negociações em Nova York entre a Argentina e os fundos especulativos no caso dos títulos em moratória da dívida soberana continuavam estagnadas, com a perspectiva cada vez mais próxima de uma possível moratória na semana que vem.
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