FOLHA DE S.PAULO
Consumo das famílias cai e PIB cresce só 0,2%
Investimentos recuam 2,1% no primeiro trimestre; Mantega culpa inflação
Documentos vazados por hackers têm dados de segurança da Copa
Papéis foram extraídos de sistema do Itamaraty, que não confirma a veracidade das informações. Rede de comunicação interna do Ministério das Relações Exteriores foi alvo de ataques virtuais neste mês.
Hackers que invadiram o sistema do Ministério das Relações Exteriores divulgaram nesta sexta-feira (30) mais de 300 documentos que dizem ter roubado do Itamaraty. As correspondências foram espalhadas em sites pelo grupo intitulado “Anonymous”.
Boa parte dos papeis tem timbre e segue o padrão adotado nas comunicações internas do ministério –vários deles com classificação de “secreto” ou “sigiloso”.
Outros, no entanto, não seguem modelo de correspondências da diplomacia.
PublicidadeProcurado pela reportagem, o ministério disse que não confirmaria a veracidade dos documentos.
Há registros de propostas de acordos comerciais internacionais –cujas negociações estão em andamento–, bastidores de reuniões entre autoridades de diferentes países e relatórios endereçados à Presidência da República.
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Um dos telegramas divulgados pelos hackers com timbre de “sigiloso” relata discussões sobre a resolução da Assembleia Geral da ONU que condenava o referendo da Crimeia –região ucraniana hoje anexada pelos russos.
Turista não vai levar estádios e aeroportos na mala, diz Dilma
A presidente Dilma voltou a dizer que os investimentos para a Copa são legados que ficarão para os brasileiros. “Ninguém, quando voltar do Brasil, levará na mala estádio, aeroporto e obras de mobilidade urbana.”
A presidente Dilma Rousseff voltou a dizer, nesta sexta-feira (30), que os investimentos para a Copa são um legado que ficará para os brasileiros. Segundo ela, os turistas estrangeiros não voltarão para seus países com estádios e aeroportos nas malas.
A afirmação foi feita durante uma cerimônia de entrega de máquinas para prefeituras, em Poços de Caldas (MG).
“Ninguém, quando voltar do Brasil, sairá daqui e levará na mala estádio, aeroporto, obras de mobilidade urbana, como BRTs [transporte rápido por ônibus] e metrôs. Sabe o que eles podem levar? A gratidão, pela forma como foram tratados. Isso eles levam na mala. O resto fica aqui, para nós”, disse a presidente.
No fim do discurso, ela disse acreditar que o brasileiro vai curtir o Mundial. “Tenho certeza que nosso povo vai fazer como sempre fez. Vai juntar os amigos, vai juntar a família, vai juntar a comunidade, comprar uma cervejinha, ligar a TV e assistir a Copa torcendo pela nossa seleção.”
Único erguido do zero para a Copa, o aeroporto de São Gonçalo do Amarante, a 30 km de Natal, será inaugurado neste sábado (31) cercado por obras e em meio à correria para os últimos retoques.
Lula pede ‘Dilminha paz e amor’ e vê 99,9% de chances de vitória
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta sexta-feira (30) a estratégia “Dilminha paz e amor” para a campanha da presidente, e disse que a antecessora tem “99,9% de possibilidades” de ser reeleita.
“Nunca vi tanto desrespeito à nossa presidenta […]. Temos de instituir agora a campanha Dilminha paz e amor. Eles passaram o governo todo dizendo que ela era raivosa, grossa, que não recebia ninguém. Vamos mostrar o contrário. Vamos com cuidado. Temos 99,9% de possibilidades de reeleger a companheira Dilma”, disse Lula em evento do PT em Belo Horizonte, repetindo o bordão de 2002 (“Lulinha paz e amor”).
Presente ao evento, Dilma disse: “Posso ser a Dilminha paz e amor, mas também não vou levar desaforo para casa”.
Lula disse que a oposição tem se incomodado com comparações dos 12 anos do PT no poder com “os cem anos que eles governaram”.
Professoral
O deputado Paulo Maluf é observado por Alexandre Padilha em ato de apoio do PP à candidatura do petista ao governo de SP; Maluf, que flertou com apoio aos tucanos, criticou a crise de abastecimento de água.
O pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, selou oficialmente na manhã desta sexta-feira (30) uma aliança com o PP, do deputado Paulo Maluf, garantindo assim um minuto a mais no horário eleitoral gratuito, que começa em agosto.
Em cerimônia muito mais singela do que a que foi promovida há dois anos, quando era Fernando Haddad quem se unia a Maluf para disputar a prefeitura, Padilha disse que o PP tem contribuições a dar a seu programa de governo e tratou o acordo com o deputado como uma derrota pessoal do governador Geraldo Alckmin (PSDB).
“Os que hoje vão criticar esta aliança estavam até a madrugada de ontem tentando impedi-la. O PP está deixando os tucanos porque viu que o Alckmin não cumpriu suas promessas para o Estado”, disse o petista.
O acordo foi oficializado em um auditório da Assembleia Legislativa. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dessa vez, não foi ao local para posar como padrinho da aliança do PT com Maluf.
PF diz que esquema em MT foi abastecido por construtoras
Pagamentos milionários feitos pelo governo de Mato Grosso a construtoras abasteceram um esquema de lavagem de dinheiro e de desvio de recursos públicos, afirma a Polícia Federal.
Os desvios, segundo investigação, ocorreram a partir do pagamento de precatórios nas gestões do hoje senador pelo PR Blairo Maggi (2003-2010) e de Silval Barbosa (PMDB), atual governador.
Precatórios são dívidas que o Estado tem que honrar por ordem judicial. Devem seguir uma fila de pagamentos –idosos e doentes graves, por exemplo, têm prioridade.
Ruy Castro
Esportes coletivos não se prestam a obras de ficção
Na cidade de SP, 35% dizem que faltou água no último mês
Mais de um terço dos moradores da cidade de São Paulo enfrentou problemas no fornecimento de água no último mês, segundo o Datafolha
André Singer
Joaquim Barbosa atrai outra vez os holofotes para si
O GLOBO
PIB sobe apenas 0,2% e Mantega culpa a inflação
Barbosa foi ameaçado por telefone
“Ele chegou ao seu limite. Não aguentava mais. Cansaço físico e consciência do dever cumprido. Duro e triste o dia de hoje (ontem). Mas sinto-o aliviado pela decisão.” O desabafo é do chefe de gabinete da presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), o diplomata Sílvio Albuquerque Silva.
Ele se emocionou ao falar sobre o anúncio da aposentadoria, na quinta-feira, feito pelo presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa.
— Havia ameaças de morte, com telefonemas para o gabinete e a casa dele, com frases covardes como: “Sua hora está chegando” — relatou o diplomata, na tentativa de explicar o inesperado gesto do presidente do Judiciário brasileiro
PP do Rio vai apoiar Aécio, afirma Dornelles
O senador Aécio Neves, pré-candidato tucano à Presidência, conseguiu atrair para si mais um partido da base governista da presidente Dilma Rousseff. O senador Francisco Dornelles (PP-RJ) declarou ontem que o diretório do Rio, terceiro maior colégio eleitoral do país, estará com Aécio. Nacionalmente, o PP é aliado dos petistas e já oficializou o apoio nacional à reeleição de Dilma.
— O PP do Rio vai estar com o Aécio. A dissidência é fato corriqueiro na História da política brasileira — disse Dornelles ao GLOBO.
No Rio, o PP de Dornelles apoia o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB-RJ), fechado com a petista, e vai ocupar a segunda suplência na chapa de Sérgio Cabral, candidato ao Senado. O nome escolhido foi o de Péricles Olivier, ex-prefeito de Itaperuna. Na próxima quinta-feira, lançamento oficial do movimento “Aezão”, liderado por uma ala do PMDB do Rio que quer apoiar Aécio Neves, os progressistas vão sacramentar o apoio ao tucano. A proximidade entre Aécio e Dornelles vai além da política: os dois são primos.
— Vamos lançar o “Aezão” junto com o (Jorge) Picciani (presidente regional do PMDB).
Futuro presidente do STF tem currículo de 121 páginas
Até neste aspecto sobressai a diferença para Barbosa, cujos dados se resumem a uma folha
O currículo do ministro Ricardo Lewandowski na página do Supremo Tribunal Federal é vasto. O futuro presidente do tribunal – que assumirá o posto quando Joaquim Barbosa se aposentar, no fim de junho – tem um currículo de 121 páginas, das quais 60 são só de participações em conferências, palestras, aulas, debates congressos, seminários, cursos e afins. É o mais volumoso entre os ministros do STF.
Lewandowski se tornou ministro do STF em 16 de março de 2006. Em reconhecimento, naquele ano, ele se tornaria cidadão honorário de cinco cidades de São Paulo: São José do Rio Preto, Santo André, Descalvado e São Bernardo Campo, além da capital. Nos anos seguintes, ele ainda receberia os títulos de cidadão de Ribeirão Preto (SP), Natal e do estado do Piauí. Tudo devidamente registrado no currículo.
Apenas o currículo do ministro Luiz Fux chega perto, com 118 páginas. Os ministros mais novos do tribunal têm currículos mais curtos. O de Luís Roberto Barroso tem apenas cinco páginas. Teori Zavascki, o segundo mais novo, nove páginas. Rosa Weber, a terceira, dez páginas.
Cristiano Ronaldo pode ficar fora
Hospitais de referência para a Copa apresentam problemas
A duas semanas do início da Copa do Mundo, muitos dos hospitais situados no entorno dos estádios — considerados como de retaguarda — sofrem com os problemas de sempre: a superlotação, obras inacabadas e aparelhos que não funcionam. Apesar disso, as secretarias estaduais de Saúde parecem seguras de que estão prontas para atender a demanda que virá junto com o campeonato de futebol.
Em Fortaleza (CE), alguns dos hospitais que fazem parte da rede de urgência e emergência do plano que foi traçado para a Copa são alvo de denúncias que vão de goteiras à falta de medicamentos, passando pela escassez de leitos e profissionais de saúde. O GLOBO visitou os hospitais distritais Maria José Barros de Oliveira e Evandro Ayres de Moura, mais conhecidos como Frotinhas de Parangaba e Antônio Bezerra, e instalações precárias e pacientes que esperavam há cinco dias por um leito. No caso mais grave, um homem recebia transfusão de sangue no corredor.
‘Todos devem entender as regras’, diz coordenador de Saúde das Olimpíadas de Londres
Enquanto o público acompanhava os atletas que foram aos Jogos Olímpicos de 2012, uma equipe liderada pelo médico Brian McCloskey monitorava tudo o que acontecia nos consultórios e hospitais atrás de sinais de doenças infecciosas ou anormalidades. A estrutura montada para atender visitantes ficou. O centro policlínico, que custou US$ 36 milhões, atende hoje os londrinos. A preparação para que isso funcionasse começou sete anos antes dos jogos e foi ensaiado por 48 meses.
O ESTADO DE S.PAULO
PIB cresce 0,2% e Mantega culpa câmbio, seca e inflação
DEM tenta barrar conselhos populares
Associação de juízes quer cota no STF
Maluf anuncia apoio a Padilha
Justiça intima vice de presidente argentina
Incompleto, Itaquerão terá teste precário
CORREIO BRAZILIENSE
Servidores proibidos de aceitar ingresso da Copa
CGU publica segunda-feira orientações que vedam aceite de convites, transportes e hospedagem para o Mundial
A Controladoria-Geral da União (CGU) publica, na segunda-feira (12/6), no Diário Oficial da União, as regras de conduta do agente público para assistir ou participar de eventos da Copa do Mundo. Em regra geral, a norma veda o aceite de convite, ingresso, transporte ou hospedagem. A regra vale para todos os servidores estautários e empregados públicos que estão sob o leque da CGU. A regra, entretanto, traz uma lista de cinco exceções e esclarece que a orientação não vale para os funcionários que vão trabalhar no evento.
Entre as ressalvas à regra estão os ingressos doados pela Fifa, distribuídos pela Administração Pública; os recebidos por laços de parentesco ou amizade, sem vinculação com a condição de agente público, e desde que o custo seja arcado por quem deu o convite; os originários de promoções e sorteios; no caso de participação institucional do agente público no evento e os distribuídos por estatais para atuação institucional, desde que não configure conflito de interesses.
Partidos polítcos se movimentam para tentar atrair apoio de Joaquim Barbosa
Cientistas políticos avaliam a influência do ministro nas urnas, caso o presidente do Supremo Tribunal Federal decida apoiar alguma candidatura após se aposentar, no fim de junho
O planejamento do presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, é descansar e assistir a Copa do Mundo assim que se aposentar, mas cientistas políticos avaliam que o ministro poderá ter um peso expressivo nas eleições. Para concorrer em outubro, Barbosa deveria ter se filiado a um partido até 4 de abril. Pesquisas divulgadas antes desse prazo mostraram o bom potencial eleitoral do ex-ministro, em cenários nos quais ele aparecia como opção para o eleitor. Nos bastidores, legendas da oposição, como o PSB de Eduardo Campos e o PSDB de Aécio Neves, já se movimentam para tentar atrair o apoio do magistrado.
Pesquisa elaborada pelo Instituto Datafolha em novembro passado mostrava Barbosa tecnicamente empatado com a pré-candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff, em São Paulo. Enquanto Dilma tinha 41% das intenções de voto, Barbosa aparecia com 40%. No Rio de Janeiro, Dilma estava à frente do ministro, com 48% contra 34% . A petista também venceria no nível nacional, com 54% a 30%. Em outra pesquisa do Datafolha, elaborada em fevereiro de 2014, Barbosa aparecia como o segundo candidato mais bem colocado. Num cenário com Dilma, Campos e Aécio, o ministro obteve 16% das intenções de voto, atrás dos 42% de Dilma e à frente dos 14% obtidos por Aécio.
Despesas dos governos federal, estaduais e municipais ajudam compensar PIB
Esses gastos cresceram 0,7% em relação ao trimestre anterior
As despesas dos governos federal, estaduais e municipais de janeiro a março de 2014, um ano eleitoral, ajudaram a compensar o impacto sobre o Produto Interno Bruto (PIB) do recuo do consumo das famílias. Esses gastos cresceram 0,7% em relação ao trimestre anterior. Na comparação com mesmo período do ano passado, esses gastos tiveram expansão maior, de 3,4%. Para especialistas, esse avanço foi necessário para não esfriar ainda mais a economia. “O governo participou ativamente para evitar a queda da demanda”, avaliou Flávio Serrano, economista-sênior do Banco Espírito Santo (BES).
Ele acredita que se o governo tivesse participado menos nos gastos públicos em tempos anteriores, estaríamos em melhor situação atualmente. Isso porque as taxas de juros poderiam ser menores que as de hoje, convivendo com menos inflação, mais confiança do consumidor e mais apetite de empresas em investir. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, desmentiu ontem que as compras do governo evitaram uma queda no PIB trimestral.
Aliados e juristas acreditam que substituto de Barbosa sairá após eleições
Segundo especialistas ouvidos pelo Correio, não existe hoje um nome natural para suceder Barbosa
A presidente Dilma Rousseff deve indicar um substituto para o ministro Joaquim Barbosa somente após as eleições de outubro. Como ele permanecerá no Supremo Tribunal Federal (STF) até o fim de junho e, depois desse período, virão o recesso parlamentar — o novo ministro terá de ser sabatinado pelo Senado — e a disputa eleitoral, que mobilizará o mundo político, dificilmente o tema protagonizará as atenções da presidente antes do término da corrida pelo Palácio do Planalto.
Segundo especialistas ouvidos pelo Correio, não existe hoje um nome natural para suceder Barbosa. A própria Dilma, responsável pela indicação, foi pega de surpresa pelo anúncio da aposentadoria do presidente do STF. A expectativa é que ela escolha um nome técnico, um jurista renomado no meio, e não opte por uma indicação política, como os atuais ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, ou da Advocacia-Geral da União, Luís Inácio Adams.
Ontem, durante entrevista concedida na inauguração de um centro de ação integrada da Polícia Federal, em Brasília, Cardozo negou que esteja trabalhando pela própria indicação. “Eu não pleiteio isso, não é minha intenção. Tenho compromisso com a presidente de ficar aqui (Ministério da Justiça) enquanto ela achar que eu devo ficar. Eu vou continuar aqui e cumprir o meu papel. É a minha função, enquanto ela quiser que eu continue”, assegurou o ministro.
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