FOLHA DE S. PAULO
Lula não vai voltar porque nunca saiu, diz Dilma Rousseff
Em entrevista exclusiva, a presidente nega saída de Mantega, corte de ministérios e descontrole da inflação
O encontro da presidente Dilma Rousseff com a Folha, na sexta, no Palácio do Planalto, começou tenso. “Minha querida, você tem que desligar o ar-condicionado”, dizia ela a uma assessora.
Com febre e faringite, medicada com antibiótico, corticóide e Tylenol, e com “o estômago lascado”, ela estava também rouca. Em pouco tempo, relaxou. E passou quase três horas falando sobre manifestações, inflação, PIB e a possibilidade de Lula ser candidato a presidente. Leia abaixo os principais trechos:
Folha – As manifestações deixaram jornalistas, sociólogos e governantes perplexos. E a senhora, ficou espantada?
Dilma Rousseff – No discurso que fiz na comemoração dos dez anos do PT, em SP [em maio], eu já dizia que ninguém, ninguém, quando conquista direitos, quer voltar para trás. Democracia gera desejo de mais democracia. Inclusão social exige mais inclusão. Quando a gente, nesses dez anos [de governo do PT], cria condições para milhões de brasileiros ascenderem, eles vão exigir mais. Tivemos uma inclusão quantitativa. Esta aceleração não se deu na qualidade dos serviços públicos. Agora temos de responder também aceleradamente a essas questões.
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Mas a senhora não ficou assustada com os protestos?
Não. Como as coisas aconteceram de forma muito rápida, eu acho que todo mundo teve inicialmente uma reação emocional muito forte com a violência [policial], principalmente com a imagem daquela jornalista da Folha [Giuliana Vallone] com o olho furado [por uma bala de borracha]. Foi chocante. Eu tenho neurose com olho. Já aguentei várias coisas na vida. Não sei se aguentaria a cegueira. (…)
A senhora teve uma queda grande nas pesquisas.
Não comento pesquisa. Nem quando sobe nem quando desce [puxa a pálpebra inferior com o dedo]. Eu presto atenção. E sei perfeitamente que tudo o que sobe desce, e tudo o que desce sobe.
Mas isso fez ressurgir o movimento “Volta, Lula” em 2014.
Querida, olha, vou te falar uma coisa: eu e o Lula somos indissociáveis. Então esse tipo de coisa, entre nós, não gruda, não cola. Agora, falar volta Lula e tal… Eu acho que o Lula não vai voltar porque ele não foi. Ele não saiu. Ele disse outro dia: “Vou morrer fazendo política. Podem fazer o que quiser. Vou estar velhinho e fazendo política”.(…)
O fato de usarem o Lula para criticá-la não a incomoda?
Querida, não me incomoda nem um pouquinho. Eu tenho uma relação com o Lula que tá por cima de todas essas pessoas. Não passa por elas, entendeu? Eu tô misturada com o governo dele total. Nós ficamos juntos todos os santos dias, do dia 21 de junho de 2005 [quando ela assumiu a Casa Civil] até ele sair do governo. Temos uma relação de compreensão imediata sobre uma porção de coisas.
Mas ele teria criticado suas reações às manifestações.
Minha querida, ele vivia me criticando. Isso não é novo [risos]. E eu criticava ele. Quer dizer, ele era presidente. Eu não criticava. Eu me queixava, lamentava [risos].
Petista afirma que reforma é pedido de ‘todo mundo’
Folha – Sua principal proposta em reação às manifestações foi a realização de um plebiscito para fazer a reforma política. A crítica à senhora é que ninguém nas passeatas pedia isso.
Dilma – Pois acho que tá todo mundo pedindo reforma política. As manifestações podiam não ter ainda um amadurecimento político, mas uma parte tem a ver com representatividade, valores, o que diz respeito ao sistema político. Ao fato de que os interesses se movem conforme o financiamento das campanhas. Não dá para cuidar de transparência sem discutir o sistema. “O gigante despertou”, diziam nos protestos –o que mostra o inconformismo com a nossa forma de representação.
O Congresso Nacional fará reforma contra ele mesmo?
Querida, por isso que eu queria um plebiscito. A consulta popular era a baliza que daria legitimidade à reforma.
Mas a senhora concorda que o plebiscito não sai?
Eu não concordo com nada, minha querida. Eu penso que é importante sair. E não sei ainda se não sai. Eu acho que é inexorável. Se você não escutar a voz das ruas, terá novos problemas.
Gabinete tem quatro imagens de Nossa Senhora
Uma caixa de chá inglês com o nome de “Dilmah” e pelo menos quatro imagens de Nossa Senhora espalhadas pelas mesas.
O gabinete presidencial do Planalto revela que Dilma Rousseff guarda curiosidades em seu local de trabalho, além de flores, muitos lenços de papel em caixas e pelo menos três umidificadores de ar para resistir à seca na capital.
Todos os domingos o Planalto abre as portas para que os turistas conheçam os salões e entrem na porta do gabinete de Dilma. Anteontem, numa mesinha de canto, havia uma caixa do chá “Dilmah English Breakfast”, cujo fabricante diz tratar-se de “um presente da natureza para a humanidade”, além de uma imagem de Nossa Senhora Aparecida.
‘Não estou cogitando corte de ministérios’
Apesar da pressão pública e até de aliados, a presidente Dilma Rousseff diz que não cogita reduzir o número de ministérios. Diz que já tomou todas as medidas para diminuir custos do governo, afirma que o desemprego subiu na “margem da margem da margem”, nega que tenha relaxado no controle da inflação e diz que não pretende mudar a equipe econômica: “O [ministro] Guido [Mantega] está onde sempre esteve: no Ministério da Fazenda”.
Ela defende também o ministro Paulo Bernardo, das Comunicações, criticado até no PT por supostamente defender as empresas de telecomunicações e interditar discussões sobre eventual regulação do setor de radiodifusão. “A regulação em algum momento terá de ser feita”, afirma a presidente.
Folha – O PMDB engrossou o coro dos que defendem o enxugamento de ministérios.
Dilma Rousseff – Não estou cogitando isso. Não acho que reduza custos. As medidas de redução de custeio, nós tomamos. Todas. E sabe o que acontece? Vão querer cortar os de Direitos Humanos, Igualdade Racial, Política para as Mulheres. São pastas sem a máquina de outros. Mas são fundamentais. Política de cotas, por exemplo: só fizemos porque tem gente que fica ali, ó, exigindo.
A senhora sabe falar o nome de seus 39 ministros?
De todos. E todos eles ficam atrás de mim [risos]. Eu acho fantástico vocês [jornalistas] acharem que, nesse mundo de mídias, o despacho seja apenas presencial. Os ministros passam o tempo inteirinho me mandando e-mail, telefonando, conversando.
O ministro Guido Mantega está garantido no cargo?
O Guido está onde sempre esteve: no Ministério da Fazenda. E vocês podem me matar, mas eu não vou falar de reforma ministerial.
O desemprego em junho subiu pela primeira vez em quatro anos, na comparação com o mesmo mês do ano anterior.
Querida, o desemprego… [Consulta papéis.] Olha aqui, ó. É fantástico. Tem dó de mim, né? Como não podem falar de inflação, porque o IPCA-15 [prévia do índice oficial] deu 0,07% neste mês… E nós temos acompanhamento diário da inflação, tá? Hoje deu menos 0,02%. Tá? Ela [inflação] é cadente, assim, ó [aponta o braço para baixo].
E o emprego?
Houve uma variação. Foi de 5,9% para 6%. É a margem da margem da margem. Foram gerados 123.836 empregos celetistas. Em todo o primeiro mandato do Fernando Henrique Cardoso foram gerados 824.394 empregos. Eu, em 30 meses, gerei 4,4 milhões. Você vai me desculpar.
Com a inflação, também… Alguém já disse quanto é que caiu o preço do tomate? Ou só comentaram quando o tomate aumentou? [Pede para uma assessora checar os números. Ela informa que o tomate está custando R$ 4,50 o quilo.]
Eu não sou dona de casa, não posso mais ir no supermercado e não sei o preço do tomate hoje. Mas sei a estatística do tomate. Teve uma queda, se não me engano, de 16%. Eu ia naquele supermercado ali, ó [aponta a janela]. Não posso mais.(…)
A crítica é que a senhora relaxou no controle da inflação para manter o crescimento.
Ah, é? Tá bom. E como é que ela tá negativa agora?(…)
A senhora teria características que não contribuiriam para que projetos deslanchem. Seria centralizadora, autoritária.
Não, eu não sou isso, não. Agora, eu sei, como toda mulher, que, se você não acompanha as coisas prioritárias, tem um risco grande de elas não saírem. É que nem filho. Você ajuda até um momento, depois deixa voar.
A senhora já fez ministros chorarem com suas broncas?
Ah, que ministros choram o quê! Aquela história do [ex-presidente da Petrobras José Sergio] Gabrielli? Um dia escreveram que ele era pretensioso e autoritário. No dia seguinte, que eu tinha brigado e que ele chorou no banheiro. A gente ligava pra ele: “Eu queria falar com o autoritário chorão”. Ô, querida, você conhece o Gabrielli? Ah, pelo amor de Deus.
A senhora não é dura demais?
Ah, querida, eu exijo bastante. O que exijo de mim, exijo de todo mundo.(…)
Uma das questões que Lula encaminhou no fim do governo foi o da regulamentação da radiodifusão no país. A senhora enterrou esse assunto?
Não. Agora, o que eu e Lula jamais aceitaremos é que se mexa na liberdade de expressão. Vou te dizer o seguinte: não sou a favor da regulação do conteúdo. Sou a favor da regulação do negócio.
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O GLOBO
Paes quer centralizar decisões para evitar falhas na Copa e nos Jogos
Obras inacabadas, falhas de planejamento, caos nos transportes e protestos violentos, que marcaram a Copa das Confederações e a visita do Papa Franciscso, colocaram em xeque a capacidade do Rio em organizar os próximos megaeventos.
O prefeito Eduardo Paes quer centralizar as decisões sobre a organização das partidas da Copa do Mundo no Rio, em 2014, e dos Jogos Olímpicos de 2016. Assim, ele espera evitar a repetição das falhas estruturais que aconteceram durante a Copa das Confederações e a Jornada Mundial da Juventude e acabaram pondo em xeque a capacidade da cidade de preparar megaeventos. “Quem sabe o que é importante para o Rio é a prefeitura. A gente tem que intervir mais nos comitês organizadores, prestar mais atenção se estão tomando as decisões certas”, diz Paes. O governo do estado já concordou em repassar para a prefeitura a coordenação das obras do Complexo Esportivo de Deodoro, cujo cronograma está atrasado em quase um ano. Paes vai propor à presidente Dilma Rousseff que a segurança tenha um comando único, ideia que conta com o apoio do governador Sérgio Cabral. E vai sugerir que concessionárias, como a Metrô Rio e a SuperVia, adotem medidas extras de prevenção – os chamados sistemas redundantes – que evitem a suspensão de serviços em caso de defeitos. Cabral admitiu que houve falhas durante a Jornada, em especial a pane no metrô.
Santo dinheiro: Uma injeção de R$ 1,8 bi
Os peregrinos que vieram para a jornada Mundial da Juventude injetaram R$ 1,8 bi na economia do Rio,revela pesquisa da Faculdade de Turismo da Universidade Federal Fluminense (UFF) e da Secretaria estadual de Turismo. O impacto é 17 vezes maior que o da Copa das Confederações. Mulheres paulistas de 21 a 24 anos são maioria entre os peregrinos.
Após sua maior vitória, Gurgel sai da PGR mal-amado pelo Congresso
Uma pessoa afável, de trato fácil e que deixou sua marca no Ministério Público. Mas também alguém que se descuidou das relações com os outros poderes e se viu tornar persona non grata no Congresso. No dia 15 de agosto, após quatro anos, Roberto Gurgel deixa o comando do Ministério Público Federal como o procurador-geral da República que atuou no julgamento do mensalão e que não soube lidar bem com o Parlamento.
Já tendo atingido o ápice da carreira e com idade para se aposentar, Gurgel não deve ficar muito tempo no Ministério Público, depois de deixar o posto. Não terá tempo para atuar no julgamento dos embargos de declaração – tipo de recurso – apresentados por todos os 25 réus condenados no mensalão. Mas esse processo deverá ficar como a grande marca de Gurgel no Ministério Público.
Quem começou a Ação Penal 470 – o processo do mensalão – foi seu antecessor no cargo, Antonio Fernando de Souza. Mas foi Gurgel quem fez as alegações finais e atuou no caso por quatro meses e meio, quando levado a julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O processo e a falta de habilidade política de Gurgel o transformaram em alvo. Entre erros e acertos, os ataques feitos por políticos, em especial pelo senador Fernando Collor (PTB-AL) e por parlamentares do PT, tornaram-se rotina.
Genoino deixa UTI, e Serra recebe alta do hospital
O deputado José Genoino (PT-SP) deixou ontem a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, e foi transferido para a unidade semi-intensiva cardiológica. O ex-governador José Serra (PSDB), de 71 anos, que estava internado no mesmo hospital, teve alta no início da tarde de ontem.
Segundo boletim médico divulgado ontem, às 17h, o estado de saúde de Genoino é estável, mas ainda não há previsão de alta.
O deputado petista se recupera de uma cirurgia cardíaca de emergência realizada na madrugada da última quinta-feira. Os médicos fizeram uma operação para corrigir uma dissecção de aorta, que significa fissuras nas camadas da artéria, provocando hemorragias. Genoino, que tem 67 anos, estava de férias com a família em Ubatuba, litoral paulista, quando sentiu fortes dores no peito. Ele foi levado a um hospital da cidade mas depois acabou sendo transferido para o Sírio-Libanês.
A doença de Genoino foi considerada grave pelos médicos, mas ele tem se recuperado rapidamente. Ele está sendo atendido pelos médicos Roberto Kalil Filho e Fábio Jatene.
Réu no processo do mensalão, o deputado foi condenado a seis anos e 11 onze meses de prisão por corrupção ativa e formação de quadrilha e aguarda julgamento de recursos no Supremo Tribunal Federal (STF). Em janeiro, como era suplente na Câmara dos Deputados, assumiu uma cadeira na bancada do PT. Ele era o presidente do partido quando estourou o escândalo do mensalão, em 2005.
José Serra, de 71 anos, por sua vez, estava internado no Hospital Sírio-Libanês desde a última quarta-feira para realizar um cateterismo cardíaco e colocar um stent (espécie de tubo de metal para expansão da artéria comprometida).
O problema no coração do tucano José Serra foi diagnosticado pelos médicos durante exames para uma cirurgia de retirada parcial da próstata.
O ex-governador sofre de hiperplasia prostática, que é o aumento da próstata devido à formação de nódulos. No caso do ex-governador, essa formação é benigna, de acordo com os médicos, e não se trata de câncer. Com o problema cardíaco, a cirurgia de próstata foi adiada para setembro.
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O ESTADO DE S. PAULO
Pontíficie e políticos
A presidente Dilma Rousseff abusou dos elogios no Palácio Guanabara. Francisco usou imagens inelegíveis. Gestos e sinais aposentam o palavrório.
Milho no MT está estocado ao relento
Em Sinop, por falta de locais para armazenagem, parte do milho da safrinha é estocado a céu aberto. O problema se agrava porque alguns silos ainda têm soja.
Novos ministérios não aumentam gastos
O primeiro escalão inchado da presidente Dilma Rousseff, turbinado pela política de criação de estruturas que culminou no atual número recorde de 39 ministérios, contrasta com a evolução dos gastos da máquina pública federal registrada nas últimas duas décadas.
Segundo dados do Ministério do Planejamento, o peso do custeio – desembolso para o pagamento de mão de obra terceirizada, de passagens, de diárias e com uso de materiais – pouco mudou de 1995, primeiro ano do governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), até 2012, segundo ano de Dilma no comando do Palácio do Planalto.
A relação das despesas com pessoal concursado e comissionado com a receita corrente líquida da União até diminuiu.
Mas, apesar de a criação de ministérios apresentar impacto baixo num Orçamento trilionário como o brasileiro, a alta dos gastos da Presidência, que abriga boa paite das novas estruturas de primeiro escalão federal, chama a atenção: em 1995,08 gastos de custeio do Planalto eram de R$ 70 milhões, em valores corrigidos pelo IPCA. No ano passado, as despesas chegaram a R$ 594 milhões. É uma parcela menor dentro dos R$ 17,6 bilhões que custa a máquina pública, mas é um aumento de 742%.
Sob o chapéu da Presidência estão abrigadas 14 pastas com status de ministério, boa parte criada a partir do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Muitas tinham objetivo de abrigar alas do PT e cumprir promessas de ampliar o espaço político de movimentos sociais e minorias.
Ministro do TCU analisa caso que afeta sua mulher
O ministro Raimundo Carreiro relata no Tribunal de Contas da União (TCU) auditoria sobre a folha de pagamentos do Senado mesmo tendo a mulher, Maria José de Ávila, de 60 anos, como servidora da Casa e potencial afetada por uma decisão no processo.
Conforme o regimento interno do TCU, é “vedado ao ministro atuar em processo deinteresse próprio, de cônjuge, de parente consanguíneo ou afim”. A norma prevê, nesses casos, impedimento do julgador ou, a critério dele, declaração de suspeição.
Nomeada em 2010 por ato do senador José Sarney (PMDB-AP), então presidente do Congresso, ela exerce cargo comissionado na Secretaria Integrada de Saúde, responsável pelo plano de assistência médica dos parlamentares. A remuneração é de R$ 17,1 mil brutos. Carreiro se aposentou como secretário-geral da Mesa do Senado em 2007. Foi indicado por Sarney para assumir a vaga de ministro do TCU.
Gustavo Franco: Globalização involuntária
A invasão de capital estrangeiro no Brasil é um envolvimento mais profundo com a economia global, do que a abertura comercial do Pais.
CORREIO BRAZILIENSE
Papa diz que futuro exige a reabilitação da política
Em seu discurso mais contundente, pontífice cobra ética dos governantes, ações de combate à pobreza e uma visão humanista da economia. O líder da Igreja Católica também defende o Estado laico, para que as religiões possam conviver pacificamente. A descontração ficou para a homenagem do índio pataxó Ubiraí, que presenteou o papa com um cocar, prontamente usado por Francisco.
“Entre a indiferença egoísta e o protesto violento, há uma opção sempre possível: o diálogo” Papa Francisco.
Empresa em imóvel funcional
Criada por Joaquim Barbosa na Flórida (EUA), para comprar um apartamento em Miami, a Assas JB Corp. tem como sede o imóvel onde mora o presidente do STF, em Brasília.
A empresa criada na Flórida, Estados Unidos, pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, para adquirir um apartamento na cidade de Miami, tem como sede o imóvel funcional onde ele mora, na Quadra 312 da Asa Sul, em Brasília, o que contraria o Decreto nº 980, de 1993. Ao Correio, o Ministério do Planejamento informou que o inciso VII do artigo 8º da norma — que rege as regras de ocupação de imóveis funcionais — estabelece que esse tipo de propriedade só pode ser usado para “fins exclusivamente residenciais”.
Nos registros da Assas JB Corp., pertencente a Barbosa, no portal do estado da Flórida, consta o imóvel do Bloco K da SQS 312 como principal endereço da companhia usada para adquirir o apartamento em Miami — conforme informado pelo jornal Folha de S.Paulo no domingo passado. As leis do estado norte-americano permitem a abertura de empresa que tenha sede em outro país. A Controladoria-Geral da União (CGU) também assegurou que o Decreto n° 980 não prevê “o uso de imóvel funcional para outros fins, que não o de moradia”. O presidente do STF consta, ainda, como diretor e único dono da Assas Jb Corp. A Lei Orgânica da Magistratura (Lei Complementar nº 35, de 1979), a exemplo da Lei n° 8.112/90, do Estatuto do Servidor Público Federal, proíbe que seus membros participem de sociedade comercial, exceto como acionistas ou cotistas, sem cargo gerencial.
A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) defende a apuração “rigorosa” acerca das duas situações. “Um ministro do STF, como qualquer magistrado, pode ser acionista ou cotista de empresa, mas não pode, em hipótese alguma, dirigi-la”, afirmou o presidente da entidade, Nino Toldo, referindo-se ao artigo 36 da Lei Complementar nº 35. “Essa lei aplica-se também aos ministros do STF. Portanto, o fato de um ministro desobedecê-la é extremamente grave e merece rigorosa apuração”, ressaltou Toldo.
Corregedor do Itamaraty é investigado
Baseado em denúncias publicadas pelo Correio, o Ministério Público apura por que denúncias como desvio de dinheiro e outras irregularidades cometidas por servidores e diplomatas foram engavetadas por Heraldo Póvoas de Arruda.
Centro-Oeste dribla a crise
Enquanto o país sofre com o avanço da inflação e a escassez de investimentos, empresários da região mantêm a confiança na economia graças ao alto poder aquisitivo e à agroindústria.
Não é só pelos R$ 30!
Fifa vai faturar R$ 1,1 bilhão só na venda de ingressos da Copa, 44% a mais que no Mundial da África do Sul.
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