FOLHA DE S.PAULO
Aeroporto pode ajudar tio de Aécio em ação na Justiça
Pagamento de desapropriação é vinculado a quitação de pendência antiga
Fazendeiro é réu em ação por ter construído pista de pouso em sua fazenda nos anos 80 com recursos públicos
Ao escolher uma propriedade de parentes para construir o aeroporto de Cláudio (MG) no fim do seu mandato como governador de Minas Gerais, o senador Aécio Neves (PSDB) abriu caminho para que seu tio-avô resolva uma pendência judicial que se arrasta há mais de uma década.
Dono do terreno desapropriado para a construção do aeródromo, o fazendeiro Múcio Tolentino, 88, é réu numa ação movida pelo Ministério Público estadual para obrigá-lo a devolver aos cofres públicos o dinheiro gasto pelo Estado na construção de uma pista de pouso existente no local antes de o aeroporto ser feito pelo governo de Minas.
Para garantir o ressarcimento dos cofres públicos em caso de condenação, a Justiça mandou bloquear a área em 2001, o que impede Múcio de vendê-la. Com a desapropriação, feita sete anos depois, ele ganhou o direito de receber do Estado pelo menos R$ 1 milhão de indenização pela área.
Dependendo do desfecho da ação movida pelo Ministério Público, que ainda não foi julgada, esse valor poderá ajudá-lo a pagar pelo menos parte de sua dívida com a Justiça.
PublicidadeLeia também
O aeroporto de Cláudio foi construído dentro de um programa lançado pelo governo com a justificativa de estimular o desenvolvimento do interior mineiro. Aécio e o governo dizem que escolheram a área de Múcio para o aeródromo por ser a opção mais econômica para o Estado.
Desde o domingo (20), quando a Folha revelou que o governo Aécio construíra o aeroporto no local, o candidato do PSDB à Presidência afirma que seus parentes não se beneficiaram com a obra, argumentando que o tio contesta o valor da indenização.
Mesmo assim, uma análise dos dois processos judiciais que envolvem o terreno deixa claro que os parentes de Aécio poderão ser beneficiados diretamente pela obra, mesmo que as ações demorem décadas para chegar a um desfecho na Justiça.
Israel reage a crítica e diz que Brasil é ‘irrelevante’
Governo israelense responde após Itamaraty condenar a atual ofensiva contra palestinos
Cruz Vermelha no país desviou dinheiro doado, diz auditoria
Dinheiro, ao menos R$ 2,3 milhões, seria destinado a vítimas na Somália, no Japão e na região serrana do Rio
Brasil avança no IDH, mas governo reclama de ranking
Ministros argumentam que, com dados mais recentes, indicador do país seria melhor
Funeral de Suassuna tem boneco gigante e maracatu em PE
Homenagem ao escritor e dramaturgo incluiu show de maracatu, estética armorial e até um boneco de Carnaval
Receita cobra Dunga por suspeita de não ter pagado imposto
Treinador da seleção já perdeu em instância interna; caso, de 2002, pode ir à Justiça
Aeroporto pode ajudar tio de Aécio em ação judicial
Pagamento de desapropriação é vinculado a quitação de pendência antiga.
Solta
A ativista Sininho deixa prisão de Bangu, no Rio, depois de habeas corpus
concedido pela Justiça; em SP, professor suspeito de depredação foi preso
O GLOBO
Israel diz que Brasil é irrelevante e criador de problemas
Israel reagiu duramente à decisão brasileira de chamar para consultas o embaixador em Tel Aviv por conta do “uso desproporcional da força” na ofensiva a Gaza. Um porta-voz da Chancelaria israelense qualificou o Brasil de “anão diplomático” e “parceiro irrelevante que cria problemas em vez de contribui com soluções”. Numa referência à derrota brasileira na Copa, ele afirmou que desproporcional é perder de 7×1. “O Brasil entende o direito de Israel se defender, mas não está contente com a morte de mulheres e crianças”, declarou o ministro Luiz Alberto Figueiredo.
Acusados de vandalismo são libertados
Os ativistas Elisa Quadros, a Sininho, Camila Jourdan e Igor D’Icarahy, que cumpriam prisão preventiva no Complexo de Gericinó, acusados de atos violentos em protestos, foram libertados ontem à noite, beneficiados por habeas corpus concedido anteontem pelo desembargador Siro Dalrlan. Cerca de 30 manifestantes que os aguardavam em frente ao presídio hostilizaram e agrediram jornalistas
Governo de MG reformou pista de aeroporto no norte do estado
Quando o candidato à Presidência pelo PSDB, Aécio Neves, era governador de Minas Gerais, o Executivo estadual autorizou a contratação de uma empresa para fazer obra de pavimentação, sinalização e conservação do aeroporto de Montezuma, norte do estado, onde o pai dele, o ex-deputado federal Aécio Cunha, fundou uma agropecuária. Cunha morreu em outubro de 2010; Aécio e as irmãs herdaram a empresa. A tomada de preços teve como vencedora a Construtora Pavisan Ltda., por R$ 268.460,65. O extrato do contrato foi publicado no Diário Oficial de Minas em 5 de abril de 2008, quando Aécio era governador.
No local, havia uma pista de cascalho, construída na gestão de Newton Cardoso (PMDB). Ele também tem negócios no município. As obras no aeroporto fazem parte do mesmo programa que permitiu a construção de uma pista num imóvel que foi desapropriado do tio-avô de Aécio, em Cláudio.
A assessoria de imprensa de Aécio remeteu ao governo de Minas a explicação sobre a reforma da pista e disse que o tucano não foi responsável pela construção do aeroporto. O governo de Minas informou que o aeroporto foi construído há 30 anos e, nos últimos 12, passou por melhorias. A última custou R$ 309 mil para “melhorias na pista de pouso existente”. O governo sustenta ainda que Montezuma “está situada em uma das regiões mais pobres do estado e tem como principal eixo estratégico para o seu desenvolvimento a atividade turística a ser desenvolvida a partir do balneário de água quente”.
País tropeça na educação e avança só uma posição no IDH
FMI reduz projeção de crescimento do PIB para 1,3%
Lula e Adams pressionaram TCU para frear processo
O advogado-geral da União, Luiz Adams, e o ex-presidente Lula articularam para engavetar o processo do Tribunal de Contas da União, que anteontem isentou Dilma de culpa pelos prejuízos causados à Petrobras com a compra da refinaria de Pasadena, informa Merval Pereira.
Deputados federais mais votados renderam mais de R$ 111 milhões para fundo partidário
Deputados federais não são só capital político: eles também representam a garantia de engorda dos cofres das legendas, que, com grandes bancadas e votações expressivas, acabam recebendo mais dinheiro na distribuição do fundo partidário. Um levantamento feito pelo GLOBO com base em informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) revela que os 10 deputados federais mais votados em 2010 renderam R$ 111 milhões no último mandato, entre 2011 e 2014.
O montante equivale a 8,4% do R$ 1,32 bilhão repartido entre todas as siglas registradas no TSE no período. Tiririca, que tem mais votos entre eles, conseguiu sozinho R$ 29,9 milhões para o PR na divisão do fundo. Já Garotinho, o segundo lugar, foi responsável por R$ 15,3 milhões do dinheiro destinado ao PR. O repasse do fundo partidário é constituído por recursos públicos e particulares. De seu total, 5% é distribuído igualmente entre as siglas e 95% de forma proporcional à votação dos deputados federais na última eleição.
Entre os 10 candidatos mais votados em 2010, apenas quatro tentarão se reeleger. Uma média bem abaixo dos 513 deputados da Câmara, onde 398 parlamentares, 77% do total, vão disputar um novo mandato. Os dados são de um levantamento do Diap.
Ex-diretor da Petrobras diz ter menos responsabilidade que Dilma na compra de Pasadena
O ex-diretor de gás e energia da Petrobras Ildo Sauer disse ao GLOBO ter menos responsabilidade na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, do que os integrantes do Conselho de Administração da empresa na época da aquisição, entre eles a presidente Dilma Rousseff. Sauer e outros ex-diretores foram incluídos pelo Tribunal de Contas da União (TCU) no rol de responsáveis pelo prejuízo, enquanto os conselheiros ficaram de fora.
— O conselho tem responsabilidades maiores, até pelo que diz o estatuto da Petrobras. A ele cabe privativamente tomar a decisão, e deve fiscalizar os diretores. Eu não indiquei nenhum diretor que conduziu isso. Não participei da condução do negócio. Cabia a mim analisar a documentação e se o negócio estava de acordo com o plano estratégico e a política de governança — disse Sauer
Atualmente diretor do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (USP), Sauer disse receber com “perplexidade” a inclusão de seu nome sem que tenha sido notificado ou ouvido previamente pelo TCU. Ressaltou que a negociação foi conduzida pela diretoria internacional, então comandada por Nestor Cerveró, teve a participação de outras áreas da companhia com a emissão de pareceres, mas que sua diretoria apenas participou da reunião da diretoria executiva em fevereiro de 2006 que referendou o acordo.
Em ato com Pezão na Baixada, Dilma diz que fez uma ‘parceria consolidada’ com o PMDB no Rio
A presidente Dilma Rousseff (PT) participou na noite desta quinta-feira de seu primeiro ato de campanha à reeleição no Rio de Janeiro, um jantar com prefeitos e ex-prefeitos promovido em uma churrascaria em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, acompanhada do vice-presidente Michel Temer e do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, que concorre à reeleição pelo PMDB. O evento faz parte do chamado “Dilmão”, com o objetivo de mostrar ter força entre os prefeitos flumineses, já que, no início de junho o “Aezão”, reuniu 60 prefeitos em um almoço no Rio com 1.800 convidados.
Para garantir a participação do maior número possível de presenças, o próprio Pezão e o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), que esteve no encontro, ligaram para os prefeitos fluminenses. A lista com o total de prefeitos presentes, no entanto, não foi divulgada. Foram anunciados pelo locutor os nomes de apenas três prefeitos, quatro deputados federais e seis estaduais. Já Pezão afirmou, ao discursar, estarem ali 62 prefeitos e 46 ex-prefeitos. Dez dos 11 prefeitos do PT no estado estiveram presentes, segundo o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves (PT). Apenas o de Maricá, Washington Quaquá, presidente estadual do PT e coordenador da campanha petista ao governo do estado, faltou.
Tentando inibir a presença de prefeitos no jantar do “Dilmão”, o líder do movimento “Aezão” e presidente estadual do PMDB, Jorge Picciani, ligou para aliados e simpatizantes à candidatura de Aécio e pediu para que não comparecessem ao encontro. O mesmo foi feito por outros integrantes do “Aezão”.
O tom dos discursos foram as parcerias firmadas por Dilma, Pezão, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-governador Sérgio Cabral.
O ESTADO DE SÃO PAULO
Israel diz que Brasil é “anão diplomático” e governo reage
Para diretores, conselho também é responsável por Pasadena
BC vê inflação resistente e indica que não corta juro
País avança só uma posição no IDH de 2013
Repasse deve manter Santa Casa por um mês
VALOR ECONÔMICO
BC deve manter juro, mas aliviar aperto no crédito.
Para Israel, Brasil é “anão diplomático
Negociação suspeita com ação do BES
Ferrovia do Nordeste já discute tarifa
Hospitais fecham maternidades no país
CORREIO BRAZILIENSE
Israel e Brasil abrem guerra diplomática
A decisão do Brasil de convocar o embaixador em Tel Aviv, de classificar como inaceitável a escalada de violência e de condenar o “uso desproporcional da força”, e sem condenar igualmente o Hamas, provocou dura reação de Israel. O porta-voz da chancelaria daquele país, Yigal Palmor, disse que o gesto torna o Brasil um “parceiro diplomático irrelevante”. Em entrevista ao Correio, ele elevou as críticas, afirmou que seu país se sente traído e alegou que a influência diplomática do Brasil “desapareceu por completo”. O chanceler Luiz Alberto Figueiredo rebateu: “o gesto que tinha que ser feito foi feito”. O número de palestinos mortos passa de 800. Ontem, uma escola da ONU foi alvo de bombardeios. Dezesseis civis morreram e 200 ficaram feridos.
O dia em que o céu fez festa para Ariano
Foi a filha Ana Rita quem imaginou a alegria com que o paraíso recebeu o pai, após a despedida acompanhada por milhares de pessoas ontem no recife. “Com essa passagem bonita”, disse Ana, “O céu está em festa”.
Até o IDH vira arma na eleição
Os números sobre o desenvolvimento humano no Brasil serviram de munição para o Planalto e para a oposição. Enquanto o governo enaltecia o avanço de uma posição no ranking da ONU (de 80° para 79°), os adversários consideravam lento o crescimento do país.
Assine a Revista Congresso em Foco em versão digital ou impressa
Deixe um comentário