João Paulo afirmou que o julgamento no STF foi uma farsa, mas planeja pedir para deixar o presídio durante o dia para trabalhar. Sobre a expectativa da emissão do mandado de prisão, o deputado afirmou que ninguém pode dizer que está preparado para ser preso, mas destacou que tem a consciência tranquila. “Essa agonia não vai parar enquanto não se estabelecer a verdade. Então, não é somente através dessas manifestações, mas também da revisão, da busca em organismos internacionais e da própria história que se vai mostrar que isso aqui é uma farsa”, afirmou.
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João Paulo comeu arroz, feijão e cozido de carne com mandioca e batatas. Durante o almoço, o deputado recebeu a solidariedade de 20 pessoas que fazem vigília no acampamento. O deputado também tirou fotos com militantes. Ele preferiu não se manifestar sobre a possibilidade de renunciar ao mandato após ser decretada a prisão. João Paulo pretende lançar amanhã (4), no mesmo local, uma revista para rebater as acusações que terminaram com a condenação dele no processo do mensalão.
Os apoiadores do PT estão acampados em uma barraca montada no estacionamento do STF para prestar solidariedade aos integrantes do partido que estão presos e para cobrar o julgamento da Ação Penal 536, o processo do mensalão mineiro, na qual o deputado Eduardo Azeredo (PMDB-MG) é réu. Um grupo de 40 pessoas faz revezamento para manter o esquema de vigília. Os manifestantes pretendem sair somente após o julgamento dos embargos infringentes, novos recursos da Ação Penal 470.
O mandado de prisão deveria ter sido expedido no dia 6 de Janeiro, logo após Joaquim Barbosa rejeitar os recursos apresentados pela defesa de João Paulo e encerrar o processo para João Paulo. No entanto, o presidente do Supremo, que também é relator do processo do mensalão, entrou em férias no dia 7 de Janeiro, mas não assinou o mandado.
O documento foi encaminhado para os ministros que ocuparam a presidência interina do STF enquanto Joaquim estava em férias, porém, Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski recusaram-se a assinar a ordem de prisão por entenderem que o ato é atribuição do presidente. De acordo com a assessoria de imprensa do STF, Joaquim não expediu o documento antes de sair para as férias porque a Secretaria Judiciária do tribunal não conseguiu concluir a documentação antes da viagem.
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