Mário Coelho
A defesa da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) entrou nesta sexta-feira (11) com um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para ter acesso ao vídeo em que ela aparece, junto com o marido, recebendo dinheiro de Durval Barbosa, pivô do esquema de propina no Distrito Federal que resultou na Operação Caixa de Pandora. A solicitação deve ser analisada na próxima semana, quando o relator do Inquérito 3113, Joaquim Barbosa, volta de viagem.
Nas imagens, ela aparece junto com o marido, Manoel Neto, na sala de Durval Barbosa, durante a corrida eleitoral de 2006. Na época, ela concorreu a uma vaga na Câmara Legislativa do DF. Acabou eleita pelo PSDB. Durval Barbosa era presidente da Companhia de Desenvolvimento do DF (Codeplan) durante o governo de Joaquim Roriz, pai de Jaqueline, e de Maria de Lourdes Abadia. Permaneceu no governo ao ser nomeado secretário de Relações Institucionais de José Roberto Arruda.
Na oportunidade, Jaqueline e o marido receberam R$ 50 mil das mãos de Barbosa. Por conta das imagens, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pediu a abertura de inquérito contra a deputada brasiliense. O chefe do Ministério Público Federal requisitou também a perícia nas gravações e a tomada de depoimento da parlamentar. Até o momento, Jaqueline não se pronunciou sobre o caso. Na quarta-feira (9), ela pediu afastamento da Comissão Especial de Reforma Política instalada na Câmara.
Ontem (10), o presidente do Psol no Distrito Federal, Toninho do Psol, protocolou um requerimento pedindo a abertura de investigação das denúncias envolvendo a deputada. O ofício, encaminhado à Corregedoria da Câmara, solicita que sejam apuradas ?imediatamente? as denúncias. Um dia antes, o presidente da Casa, Marco Maia (PT-RS), garantiu que o Conselho de Ética será instalado na próxima quarta-feira (16).
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