O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, terá uma sabatina “dura” depois das denúncias, apresentadas ontem (quinta, 21) ao Supremo Tribunal Federal (STF), contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o senador Fernando Collor (PTB-AL), por suspeitas de envolvimento no esquema de corrupção descoberto na Petrobras pela Operação Lava Jato. A previsão é da coluna Painel, do jornal Folha de S.Paulo, com a informação de que aliados de Collor “preparam uma artilharia” para desqualificar Janot.
Segundo a coluna, Collor deve constranger Janot a explicar os termos do contrato que fechou em sua gestão com uma agência de publicidade, no valor de R$ 600 mil. Já senadores oposicionistas como Aécio Neves (PSDB-MG) e Ronaldo Caiado (DEM-GO) devem questionar a ausência de petistas entre os denunciados na peça acusatória. A sabatina está marcada para a próxima quarta-feira (26), como o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou depois de reunião “institucional” com o próprio Janot em seu gabinete. Renan, que ainda não foi denunciado por Janot, também está entre os investigados da Lava Jato no âmbito do STF.
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O jornal informa ainda que, instantes antes de emitir nota em resposta à denúncia do PGR, Cunha a leu em seu gabinete na Presidência da Câmara para deputados aliados, que o parabenizaram. “Na reunião, o presidente da Câmara disse que, se o fato de ser denunciado impedisse alguém de presidir uma das Casas do Legislativo, Renan não poderia nem ter assumido o Senado”, diz trecho da Painel desta sexta-feira (21).
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