A inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), atingiu 1,01% em novembro último, e ficou 0,19 ponto percentual acima da taxa de 0,82% registrada em outubro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a mais alta taxa para um mês de novembro desde 2002, quando chegou a 3,02%. Em novembro de 2014 o IPCA teve alta de 0,51%.
O acumulado do ano chegou a 9,62%, acima dos 5,58% de igual período de 2014. Este percentual constitui o mais elevado índice acumulado, para o período de janeiro a novembro, desde 2002. Neste período de 2002, o índice ficou em 10,22%.
Nos últimos 12 meses, o índice acumulou alta de 10,48%, resultado superior aos 9,93% dos 12 meses imediatamente anteriores.
Peso dos combustíveis
Os combustíveis, pelo segundo mês consecutivo, tiveram influência significativa nas despesas das famílias (5,14% de peso no IPCA). O preço do litro da gasolina ficou 3,21% mais caro para o consumidor. Levando em conta outubro e novembro, a alta correspondeu a 8,42% nas bombas, motivada pelo reajuste de 6% vigente em nível das refinarias desde 30 de setembro. Em relação ao acumulado no ano, os preços subiram 18,61%, indo dos 10,40% registrados em Campo Grande até os 24,35% de Recife.
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No caso do etanol, os preços subiram 9,31%. A alta chegou a 26,10% no ano, com a menor variação em Fortaleza (12,71%), e a maior (33,14%), em Curitiba. Quanto ao óleo diesel, os preços aumentaram 1,76% e, junto com a taxa de outubro, acumularam 5,08%, refletindo, nas bombas, o reajuste de 4% nas refinarias, também desde 30 de setembro. Em relação ao ano, a alta está em 12,75%.
PublicidadeAlimentação e bebidas
O grupo alimentação e bebidas foi o que registrou a maior alta, passando de 0,77% para 1,83%, o equivalente a aumento de 1,06 ponto percentual. O aumento no grupo foi o que mais impactou no IPCA: 0,46 ponto percentual.
Dentro deste grupo, produtos para consumo em casa registraram alta de 2,46%.
No grupo transportes, as tarifas dos ônibus urbanos subiram 1,11% no período, por causa dos reajustes nas regiões de Fortaleza (alta de 10%).
Os produtos na área de comunicação também tiveram alta de 1,03%; vestuário (de 0,67% para 0,79%); habitação (de 0,75% para 0,76%); e saúde e cuidados pessoais (de 0,55% para 0,64%). Registraram desaceleração despesas pessoais (0,57% para 0,52%) e artigos de residência (0,39% para 0,31%).
Regiões
A maior alta foi verificada em Goiânia, onde a taxa de passou de 1,18% para 1,44% entre outubro e novembro; seguida de Campo Grande (1,18 para 1,29%). A menor variação foi registrada em Brasília, onde o IPCA caiu de 1,24% para 0,66%.
Na região metropolitana de São Paulo, a taxa recuou de 0,99% para 0,88%; na de Belo Horizonte, de 0,62% para 0,84% e no Rio de Janeiro, de 0,59% para 1,24%.
O IPCA, calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 28 de outubro a 27 de novembro de 2015 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de setembro a 27 de outubro de 2015 (base).
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