O tucano Antonio Imbassahy entregou, nesta sexta-feira (8), uma carta ao presidente Michel Temer pedindo demissão do cargo de ministro da Secretaria de Governo. No meio do fogo cruzado entre deputados do centrão, grupo que reúne mais de 200 deputados, e já não Ele é o segundo tucano a desembarcar do governo. O primeiro foi Bruno Araújo, em 13 de novembro, que comandava a pasta das Cidades e foi substituído por Alexandre Baldy. O deputado Carlos Marun (PMDB-MS) assumirá a pasta deixada por Imbassahy, mas ainda não há data para a posse.
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A decisão do tucano ocorre na véspera da convenção nacional do PSDB, a ser realizada em Brasília neste fim de semana. Na ocasião, o partido deve anunciar formalmente o desembarque da aliança com Temer e aclamará o nome do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin ao comando da legenda nos próximos dois anos.
Na carta, Imbassahy afirma que “foi uma honra” participar do governo de Temer. Ele aproveitou para elogiar o peemedebista durante as crises que abalaram o governo, como as denúncias apresentadas pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot.
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“Tenacidade e obstinação não lhe faltaram. Driblou crises e dificuldades, sempre valorizando e robustecendo as nossas instituições. Presidente, assisti também a momentos de sofrimento por ataques virulentos que recebeu e a sua implacável resistência sempre pensando no melhor para o país. O Brasil saiu do atoleiro no qual se encontrava e não parou. Pelo contrário, estamos seguindo em frente, embora ainda muito esteja por ser feito”, afirma o agora ex-ministro. Imbassahy retomará a cadeira de deputado federal na Câmara.
O acordo entre PSDB e Temer era de que Imbassahy só desocupasse a cadeira depois da convenção tucana, que começa neste fim de semana. O tucano já tinha perdido a capacidade de articulação com a base governista no Congresso. No dia da posse de Baldy no ministério das Cidades, os governistas insatisfeitos com o tucano ensaiaram a substituição de Imbassahy por Marun.
O Planalto chegou a postar, na conta oficial no Twitter, que Marun também seria empossado naquela tarde. O tuíte foi apagado pouco depois.
Extremamente dividido entre o grupo de Aécio, que insiste na manutenção da aliança com o governo, e o de Tasso Jereissati, que inclui nomes como Fernando Henrique Cardoso, o PSDB é a principal legenda de apoio à gestão peemedebista, além do PMDB, e pode provocar uma debandada ainda maior na base aliada, envolvendo partidos como o DEM do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ). O deputado já disse, mais de uma vez, que a reforma da Previdência não passa sem os votos e o apoio do PSDB.
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