O governo federal reforçará o contingente da Força Nacional no Rio de Janeiro. A decisão foi tomada após os eventos ocorridos ontem (2) nos quais vários ônibus foram queimados. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (3) pelo ministro da Justiça, Osmar Serraglio, após reunião com o presidente Michel Temer no Palácio do Planalto.
Segundo o ministro, Temer manifestou preocupação em relação ao que se passou no Rio de Janeiro. “Provoca uma participação mais incisiva diretamente pela Presidência da República, ainda que segurança seja afeta ao estado”, declarou Serraglio.
“O presidente solicitou que começássemos a formatar estrategicamente uma atuação mais aprofundada e eficaz”, disse o ministro. “O presidente ligou na nossa presença ao governador Pezão para que houvesse uma formalização da provocação. Ele foi atendido prontamente pelo governador, que se dispôs a encaminhar o pleito pelo fortalecimento da presença da Força Nacional”, acrescentou.
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Serraglio disse que o estado do Rio já conta com 125 integrantes da Força Nacional. “Reforçaremos com mais 100 nesse primeiro momento. Há também pleito relativo à Polícia Rodoviária Federal, mas esse efetivo ainda será definido”, disse o ministro ao comentar que autoridades locais têm identificado que algumas rodovias, em especial a Via Dutra, que liga o Rio a São Paulo, estão servindo de rota para o tráfico de drogas e armas, além de terem registrado assaltos a transporte de cargas.
A fim de fazer com que o governo federal ajude a “estrangular com mais força e eficiência” as organizações criminosas que estão atuando no estado e nessas rotas, o presidente Michel Temer designou o secretário nacional de Segurança Pública, general Santos Cruz, para viajar ao Rio de Janeiro e avaliar de perto a situação.
“Amanhã (4) o general irá ao Rio para identificar, junto às forças estaduais, onde a atividade de inteligência deve incidir em ações mais especificas. Imaginamos que, com a união de forças, inteligência e estratégias tenhamos resultado positivo”, disse Serraglio. “O Rio de Janeiro precisa dessa mão amiga, e o presidente a está cedendo”, acrescentou.
O general Santos Cruz disse que o apoio ao estado não se limita aos fatos ocorridos ontem. “[As ações] têm o objetivo não de resolver os problemas que aconteceram ontem, mas de implementar ações estruturantes que tenham como resultado permanência e a melhoria da segurança pública, bem como a manutenção do bem estar da população.”
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