“O que foi proposto [pelas centrais] não cobrirá o buraco. O tamanho do buraco varia do peso que vai ser dado a cada uma das hipóteses de arrecadação que foram propostas. Aí sim, poderemos dizer o que vamos adotar, o que é adotado classicamente em todo o mundo é o que vamos adotar aqui. Vamos ter algumas receitas extraordinárias que advirão das propostas das centrais, mas não se faz mágica nesse tema. O sistema tem que ser autossustentável”, disse Padilha, em entrevista coletiva no Palácio do Planalto.
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O deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), presidente nacional da Força Sindical, participou da reunião e disse que esta é uma oportunidade para o governo “corrigir erros do passado”, ou seja, vender imóveis subutilizados e promover programas de refinanciamento de dívidas das empresas. Entre as propostas apresentadas pelos sindicalistas na reunião estão o aumento da fiscalização da Previdência, a revisão de desonerações com filantropia e regulamentação de jogos de azar.”Corrigido o passado, vamos ver o buraco que ficou, provavelmente vai ficar um buraco ainda e aí sim discutiremos o que precisará ser feito para tapar o buraco”, disse Paulinho da Força.
Outra reunião do grupo de trabalho está prevista para acontecer no próximo dia 23, quando o governo deverá dar uma resposta sobre as propostas apresentadas. “O que eles sugerem é razoável, mas deixamos claro que não abarca todo o nível de déficit da Previdência”, disse o assessor-chefe da Casa Civil, Marcelo Siqueira.
A previsão do governo é de que a Previdência encerre o ano com um deficit de R$ 136 bilhões. E, mesmo que as sugestões apresentadas venham a ser implementadas, o governo avalia que elas não seriam suficientes para cobrir todo o rombo fiscal, mantendo-se um deficit de R$ 50 bilhões.
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