O governo Michel Temer quer liberar até 40% da carga horária do ensino médio e até 100% da jornada da educação de jovens e adultos para ser realizada a distância. A mudança está prevista em resolução que atualiza as Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio, à qual a Folha de S.Paulo teve acesso. O texto já teve uma primeira discussão no Conselho Nacional de Educação (CNE).
No caso do ensino médio, se as novas regras forem implementadas, os alunos poderão ter dois dias de aulas por semana fora da escola. A proposta causa polêmica. Para os defensores da medida, o ensino online permite a experimentação de novos recursos na educação. Já os críticos temem pela precarização do ensino nas redes públicas, que concentram 88% das matrículas da etapa.
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Segundo a Folha, o Brasil tem 6,9 milhões de matrículas no ensino médio público. Em torno de 1,5 milhão dos jovens de 15 a 17 anos (14,6% do total) já abandonaram os estudos.
O aval para até 40% da carga a distância abriria margem também para atender situações de falta de professores, ressalta a reportagem. A minuta das novas diretrizes curriculares foi apresentada no CNE no dia 6 pelo presidente do conselho, Eduardo Deschamps, e pelo diretor do Senai, Rafael Lucchesi, relator da proposta.
“Na minha opinião, não estamos falando de ensino fundamental, mas do médio. Se não criarmos mecanismos, vamos continuar com problemas de atendimento e perder oportunidades de uso”, disse Deschamps à Folha.
Cesar Callegari, também do CNE, critica a adoção da medida e cobra uma discussão aprofundada sobre o assunto com docentes e estudantes. “Recursos a distância devem servir como complemento, jamais em substituição de professores e da escola como local de vivência presencial”.
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Quando pensamos que não dá mais para piorar…vem o governo e mostra que pode!
E enquanto isso faltam professores de todas as matérias em todos os estados do país, mas o problema não é a falta de professores, mas sim a não liberação da vacância e a falta de concursos públicos pra área já que professores desempregados tem muitos, vide o nível de concorrência nos concursos.
Que fique bem claro que o gerenciamento da educação no Brasil é feito pelo governo Federal. Aos governos estaduais e municipais caberia esse gerenciamento ser individual. Vejamos: Não dá mais pra ficarmos reféns de sindicatos/associações que mais fazem greves e enforcamento de semanas ao ano do que outra coisa. A esses governos caberia uma solução onde todos saem ganhando ou seja: Cria-se cooperativas de ensino onde se adota um sistema de ensino apostilado com professores contratados via CLT onde serão avaliados e analisados o seus desempenho. Cria-se um plano de carreira e acaba essa palhaçada de deixarem os alunos cada vez mais semi analfabetos. Ah, mais a “turba” vai chiar? Sim, irão, mas vamos pensar grande, no crescimento como um todo e não pensar somente no próprio umbigo. Dá dó de ver as crianças voltando pra casa por causa de um cartaz no portão da escola dizendo: “estamos em greve”