Em reunião ocorrida hoje de manhã no Palácio do Planalto, o ministro das Relações Institucionais, Walfrido Mares Guia, fez um pedido ao presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP), e ao líder do governo na Câmara, deputado José Múcio (PTB-PE).
O governo quer que o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), evite presidir a sessão de hoje que votará a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Renan responde a um processo no Conselho de Ética do Senado por quebra de decoro parlamentar. Ele é acusado de ter despesas pessoais pagas por um lobista.
Temer recebeu Renan em seu gabinete após o encontro com Walfrido. A decisão não está oficialmente tomada, mas a tendência é de que a sessão conjunta desta noite seja conduzida pelo vice-presidente do Congresso, deputado Nárcio Rodrigues (PSDB-MG). (leia mais)
Ontem, Renan afirmou que poderá presidir a votação, caso haja necessidade. “Se for necessário, eu vou presidir. Mas, só se for necessário. Não se trata de ter coragem ou não ter coragem”, afirmou Renan.
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De acordo com o deputado Chico Alencar (Psol-RJ) haverá manifestações pedindo o afastamento de Renan caso o peemedebista presida a sessão do Congresso desta noite. O mesmo vai fazer partidos como PSDB, DEM e PPS.
“Ele pode presidir ainda o Senado. Mas, do Congresso ele não é mais presidente, pelo menos até que tudo seja esclarecido”, afirmou o deputado fluminense.
Sem pressão
Em conversa com jornalistas, Renan afirmou que o governo está "feliz" com a produção legislativa do semestre. Ele também negou que tenha sido pressionado a não presidir a sessão de votação da LDO.
"Depois de um semestre tumultuado, vamos aprovar praticamente tudo o que era necessário… O Congresso está cumprindo a sua parte", afirmou. (Rodolfo Torres)
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