A partir desta terça-feira (14), nove mil homens das Forças Armadas reforçarão a segurança pública no Rio de Janeiro. Os militares permanecerão no estado, inicialmente, até o dia 22 de fevereiro, conforme decreto presidencial publicado no Diário Oficial da União de hoje. No estado, mulheres de PMs acampadas em frente aos batalhões protestam pelo pagamento do 13º salário dos militares, bem como do Regime Adicional de Serviço (RAS) Olímpico e das metas atrasadas.
Os homens da Marinha e do Exército vão atuar no patrulhamento de principais bairros e rodovias do Rio de Janeiro, Niterói e São Gonçalo. O anúncio foi feito nesta terça-feira (14) pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann, durante entrevista coletiva no Comando Militar do Leste (CML), centro da capital fluminense. Segundo o ministro, as tropas federais estarão em parte da região metropolitana por nove dias, mas a operação poderá ser ampliada. Para isso dependerá da avaliação do cenário da segurança pública.
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Encadeada após a mobilização de mulheres no Espírito Santo, no Rio de Janeiro os familiares de PMs também já ocupam entradas de alguns quartéis como a saída do prédio do Batalhão de Choque, onde funcionam unidades como o Batalhão de Policiamento em Grandes Eventos. O protesto das mulheres de policiais militares no estado teve início na última sexta-feira (10).
As tropas estão sob o comando do comandante da 1ª Divisão de Exército, general Mauro Sinott. Ele vai trabalhar de modo integrado com as forças estaduais de segurança pública. Segundo detalhou, as tropas do Exército atuarão na Transolímpica, Vila Militar e Deodoro e parte da Avenida Brasil, além das praias de Icaraí e São Francisco, no município de Niterói, e algumas áreas da cidade de São Gonçalo.
Enquanto isso, a Marinha irá empregar o efetivo no trecho que vai do Porto Maravilha até o bairro do Leblon, passando pelo Aterro do Flamengo, Enseada de Botafogo, Leme, Copacabana, Lagoa e Ipanema. Os militares farão patrulhamento, montarão ponto de bloqueio, dentre outras atividades de segurança pública.
Nesta segunda-feira (13), o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, se reuniu com o presidente Michel Temer, no Palácio do Planalto, para discutir o assunto. Uma reunião entre as esposas de policiais e o comando da corporação, realizada no sábado (11), terminou sem acordo.
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