Convidado pela defesa do deputado federal Luiz Argôlo (SD-BA), o gerente de uma agência da Caixa Econômica Federal, Douglas Bento, alegou hoje (20) que não poderia prestar nenhum esclarecimento sobre as contas do parlamentar ou de seu chefe de gabinete, Vanilton Bezerra, por conta do sigilo bancário. Ele prestou depoimento no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, onde Argôlo é alvo de processos.
O deputado é acusado de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal (PF) na Operação Lava Jato, deflagrada em março último para desbaratar esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões.
Bento afirmou que não tem relação pessoal com o parlamentar ou com seu assessor. E disse que só poderia dar algum detalhe mediante decisão judicial.
O gerente citou que qualquer movimentação bancária acima de R$ 10 mil é automaticamente informada ao Banco Central. “Cabe aos administradores do sistema financeiro nacional, e não ao gerente bancário, o monitoramento de valores”, disse Bento.
Relator do caso, o deputado Marcos Rogério (PDT-RO) observou que Luiz Argôlo não entregou ao conselho os documentos sobre contas bancárias, conforme havia sido prometido. Parlamentares consideraram o convite para que o gerente fosse ouvido uma “estratégia protelatória”. “Não tinha condições de ser chamado como testemunha porque nenhum funcionário de banco pode quebrar o sigilo de ninguém”, disse Izalci (PSDB-DF).
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