O ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) acesso ao número de telefone que fez a ligação anônima que denunciou à Polícia Federal o apartamento, em Salvador, onde estavam os R$ 51 milhões em espécie. Além disso, os advogados de Geddel pleitearam a identidade do agente que atendeu a ligação no dia 14 de julho deste ano, bem como o acesso à perícia das impressões digitais encontradas nos banheiros e nas caixas de mala recolhidas no apartamento.
“Obviamente, o acesso será realizado com todas as precauções necessárias à preservação do material, de modo a não contaminar”, diz a defesa no documento protocolado na Corte.
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O pedido foi realizado ao ministro Edson Fachin, do STF, para que determine à PF o repasse das informações. Geddel foi preso na Operação Tesouro Perdido desde o dia 8 de setembro, após a polícia identificar impressões digitais do peemedebista em cédulas apreendidas no “bunker”. Antes, no entanto, o ex-ministra já cumpria prisão domiciliar.
Geddel havia sido preso em 4 de julho, acusado de tentativa de obstrução de Justiça em meio às ações da Operação Cui Bono. Uma semana depois, por meio de habeas corpus concedido pelo Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, passou para a prisão domiciliar. Em seu luxuoso apartamento, permaneceu sem tornozeleira eletrônica. O dispositivo estava em falta no estado.
Além das digitais, a Polícia Federal reuniu outros indícios de que o ex-ministro é o dono da fortuna guardada em caixas e malas. O proprietário do imóvel e outra testemunha confirmaram que o apartamento estava sob os cuidados dele. Também foi identificada uma pessoa suspeita de ajudar Geddel a transportar o dinheiro.
PublicidadeApós 14 horas de contagem em máquinas, a PF concluiu que havia ali R$ 42.643.500 e US$ 2.688.000. Feita a conversão, a quantia apreendida totaliza R$ 51.030.866,40.
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