Reportagem da Folha de S.Paulo desta segunda-feira (19) mostra que o PMDB utilizou recursos do Fundo Partidário, verba pública destinada à manutenção dos partidos políticos, para bancar um congresso que custou R$ 277 mil, almoços de até R$ 9 mil e uma confraternização de fim de ano ao custo de R$ 30 mil. Os eventos foram promovidos pela Fundação Ulysses Guimarães, braço do diretório nacional do PMDB dedicado à formação política. As informações fazem parte das prestações de contas enviadas pelo comando da sigla ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) referentes aos anos de 2015 e 2014. Os documentos estão sob análise da área técnica do TSE. Gastos com congressos são permitidos pela legislação.
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No período, a fundação foi presidida pelo hoje ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, e pelo secretário de Parcerias de Investimentos, Moreira Franco. O congresso que marcou, em novembro, o lançamento do programa “Uma ponte para o futuro”, que reunia propostas da legenda para “tirar o país da crise”, consumiu R$ 158 mil apenas com o aluguel de salas e quartos no Hotel Nacional. Foram gastos R$ 30 mil com a transmissão ao vivo do evento, R$ 15 mil com a divulgação de textos de interesse do partido, R$ 12 mil por serviço de iluminação e R$ 34,5 mil com “serviço de comunicação”, informa a reportagem de Rubens Valente.
Em maio de 2015, outra “reunião do PMDB” no hotel Nacional custou R$ 28,6 mil. Três dias depois, um “curso de eleições municipais” consumiu mais R$ 25,7 mil no mesmo hotel. Em agosto de 2015, o Fundo Partidário custeou outro almoço para 300 pessoas no “encontro estadual com prefeitos e vereadores do PMDB” do Paraná ao custo de R$ 9.000.
Ainda em 2014, a fundação realizou um “seminário sobre reforma política” no Rio de Janeiro. O fundo bancou R$ 15 mil em diárias de dez quartos no hotel Windsor Atlântica. No restaurante do hotel, 42 pessoas jantaram ao custo de R$ 4.100. Foram cinco garrafas a R$ 90 a unidade.
Procurada pela Folha, a Fundação Ulysses Guimarães não se se manifestou sobre a série de perguntas encaminhadas pela reportagem a respeito dos gastos com o Fundo Partidário.
Leia a íntegra da reportagem na Folha de S.Paulo
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