No momento em que o Senado discute a admissibilidade da denúncia por crime de responsabilidade contra a presidente Dilma Rousseff, o clima no Palácio do Planalto é de relativa normalidade, mas de bastante incerteza. Funcionários desempenham suas atividades nos gabinetes, prestadores de serviço realizam reparos na parte elétrica, o movimento na lanchonete segue sem grandes mudanças. Um dia normal, não fossem as caixas empilhadas em algumas salas, onde servidores recolhem documentos e umas tantas mesas limpas e vazias. Caso os senadores confirmem nesta quarta-feira o afastamento de Dilma por até 180 dias, a presidente deverá ser notificada da decisão e deixar o Planalto já nesta quinta.
Com a iminência do afastamento da petista, funcionários que ocupam cargos comissionados lidam com a incerteza sobre o futuro. Não sabem se o vice-presidente mudará toda a equipe, ou apenas as chefias dos setores.
A própria presidente tenta agir com naturalidade durante a votação que poderá determinar o seu afastamento. Na agenda dela, há apenas um compromisso: despachos internos com seu assessor especial, Giles Azevedo. A assessoria ainda não sabe dizer se ela acompanhará a votação do impeachment no Planalto ou no Palácio da Alvorada.
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Na agenda do vice-presidente, Michel Temer, não há um compromisso oficial sequer. O que não significa que, de fato, o peemedebista não receberá visitas ou promoverá algum encontro no Palácio do Jaburu, de onde acompanhará a votação que pode levá-lo a assumir o Palácio do Planalto a partir de amanhã.
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