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Segundo reportagem da revista Época, já em novembro os investigadores da Lava Jato já sabiam que o suíço-brasileiro é um dos principais operadores do petrolão, com clientes no alto escalão da Petrobras, lobistas e executivos de empreiteiras – entre eles o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa e o ex-gerente da diretoria de Serviços Pedro Barusco. Bernardo atua desde os anos 1990 junto ao mercado negro dos bancos suíços, informa a revista, especializou-se em clientes cariocas e utilizava bancos diversos para despistar autoridades ao remanejar dinheiro para contas secretas.
Bernardo era auxiliado por uma brasileira poliglota de sua confiança para se comunicar com os bancos, o que era feito por e-mail. Ele tinha acesso direto aos gerentes dessas instituições. Com um mandado judicial já expedido pela Justiça, os investigadores da Lava Jato agora tentam capturá-lo e, assim, tentar chegar à origem do dinheiro por ele movimentado. Segundo a força-tarefa, fornecedoras da Petrobras, empreiteiras ou multinacionais do petróleo, são a fonte dos recursos desviados.
A revista informa ainda que Bernardo possui um apartamento avaliado em R$ 3 milhões perto de Ipanema, no Rio de Janeiro, e era freqüentador do Gávea Golfe Clube. E tem investimentos no exterior – em 2014, fez um investimento imobiliário em Portugal, por exemplo, de quase R$ 2 milhões. Comprou imóveis em parceria com o advogado português Antonio Raposo Subtil em Lisboa.
“Segundo os depoimentos da delação premiada de Paulo Roberto Costa, Freiburghaus abrira uma conta no mesmo banco suíço Julius Baer para depositar parte do dinheiro da propina, US$ 5,6 milhões, paga pela Odebrecht. Costa disse que Freiburghaus fora orientado pelo ex-diretor da Odebrecht Rogério Araújo. Ele temia que o dinheiro destinado a Costa transitasse pelas mãos gananciosas de políticos. Desde o começo do caso, a Odebrecht nega qualquer ilegalidade”, diz trecho da reportagem.
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